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Capital

Insegurança no mercado fez Emha recuar em obra de 600 casas populares

Diretor-presidente da agência garantiu que processo será revisto e depois retomado

Jones Mário | 26/08/2019 13:10
Projeto foi suspenso após mudanças no programa Minha Casa Minha Vida (Foto: Reprodução)
Projeto foi suspenso após mudanças no programa Minha Casa Minha Vida (Foto: Reprodução)

O diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Enéas José de Carvalho Netto, justificou que a insegurança do mercado imobiliário diante de mudanças no programa Minha Casa Minha Vida motivou a suspensão do chamamento público para construção de pelo menos 600 unidades habitacionais no bairro Cabreúva, região central de Campo Grande.

Em um dos últimos movimentos do governo de Michel Temer, os descontos dados no Minha Casa Minha Vida foram alterados. Entre as mudanças, houve queda no subsídio ao valor do imóvel para famílias com renda de até R$ 1,6 mil, o que exige do cliente maior capacidade de financiamento.

Suspenso, o projeto no Cabreúva previa contemplar famílias que moram ou trabalham na região central da cidade e enquadradas nas faixas 1,5 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida, para rendas de até R$ 2,6 mil e até R$ 4 mil, respectivamente. No mínimo, 45% das habitações deveriam ser destinadas à faixa 1,5, mediante sorteio dos cadastrados pela Emha, e 25% à faixa 2 do programa.

Enéas garantiu que o edital do chamamento será revisto e depois retomado. Segundo ele, a construção do conjunto habitacional é uma das exigências do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) como contrapartida ao financiamento da segunda etapa do Programa de Desenvolvimento Integrado do Município de Campo Grande, chamado de Viva Campo Grande II.

Após o desfile de aniversário de Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) comentou o assunto. Ao contrário da justificativa da Emha, o gestor apontou que o Plano Diretor não permitiria construir no local e que outro terreno na região central seria utilizado.

Suspensão - O chamamento público previa elaboração de anteprojeto arquitetônico, urbanístico e paisagístico, além da execução das obras de condomínio vertical, com unidades comerciais e de serviços.

O terreno utilizado tem 5,9 hectares, de propriedade da Emha, e é fruto de desmembramento de chácara situada na margem direita do Córrego Segredo. A área fica atrás do inacabado Centro de Belas Artes, entre as ruas Plutão e Alfenas.

O recebimento e abertura das propostas seria nesta terça-feira (27). O edital previa contrapartida de pelo menos R$ 5,1 milhões da empresa vencedora.

Um dos diferenciais do condomínio vertical seria a obrigatoriedade de utilizar fachada ativa no térreo, aberta para circulação e destinada a uso comercial de médio e pequeno porte. A empresa selecionada ficaria livre para negociar a ocupação destes espaços.

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