Instaladas há dois anos, oito das 22 câmeras do Centro não funcionam
A intenção é contratar empresa para dar manutenção nos equipamentos. Previsão é que em abril as 22 câmeras já estejam funcionando

Sem manutenção, do total de 22 câmeras instaladas na região central de Campo Grande, um terço não está em operação. A informação é do secretário Municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja. As câmeras foram instaladas em junho de 2015.
Ele, que foi o primeiro secretário da pasta, criada em 2015, disse que o projeto de vigilância do centro é um dos mais importantes. “Inauguramos um projeto e não foi dada continuidade, ele se perdeu. Agora, estamos trabalhando para contratar uma empresa para dar manutenção corretiva e preventiva”, declarou.
A manutenção corretiva refere-se a consertar os equipamentos que estão ou forem danificados. “A antiga gestão não contratou e deixou a mercê do tempo”, disse. Na estimativa do secretário, na primeira quinzena de abril a empresa já estará licitada e as 22 câmeras funcionando.
Além disso, a secretaria prepara projeto de ampliação do videomonitoramento. “Nossa proposta é chegar em 2021 com 200 câmeras, que serão distribuídas pelas sete regiões de Campo Grande. Estamos trabalhando no mapeamento para identificar os locais com maior número de ocorrências de crimes”, declarou.
As 22 câmeras foram espalhadas pelas ruas Rui Barbosa, 26 de Agosto, Afonso Pena, Dom Aquino e Maracaju, Mercado Municipal e Praça Ary Coelho. A central de monitoramento começou a funcionar em junho de 2015, com meta de reduzir em 30% a criminalidade por ali. “Nos três primeiros de meses de implantação cumprimos nossa meta, mas depois houve desarticulação do projeto que agora pretendemos retomar”, disse.
População – O Centro Integrado de Controle Operacional funciona no IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação), onde as imagens são monitoradas por 24 horas. Em casos suspeitos a equipe aciona a base do centro da Guarda Civil Municipal ou a de trânsito par que se desloque ao local.As câmeras conseguem captar imagens a um raio de pelo menos 60 metros.
Em casos de ocorrências em alguma rua onde há monitoramento as vítimas podem solicitar as imagens, mas isso só pode ser feito formalmente pelo delegado ou juridicamente.
Sobre a presença das câmeras a opinião da população se divide. Há quem diga que não inibe a ação de bandidos, pois estão cada vez mais audaciosos, outros dizem se sentir mais seguros.

Com banca de jornais e revistas há quase 60 anos na Dom Aquino, Hélio de Andruaus Gaoma, 79 anos é um dos que se diz se sentir mais seguro. “Acho que isso é bom para todos nós, tanto para quem trabalha no centro, quanto para quem vem ate aqui buscar algum serviço”, avaliou. Ele disse que há cinco anos foi assaltado quando estava a caminho do banco, que fica na Marechal Rondon. “Se houvesse câmeras naquela época ao menos seria possível identificar”, disse.
O gerente de uma loja de acessórios para celular, Carlos Alessandro de Feitas Correa, 33 anos, também acredita que a presença das câmeras é importante para inibir a ação dos bandidos. “Aqui não vemos muitos casos de violência, o que tem são pequenos furtos e acidentes de trânsito e nesse caso eu acredito que as câmeras ajudam sim”, disse. A loja que ele trabalha também fica na Dom Aquino.
Ainda na Dom Aquino, a vendedora Mônica Mercedes de Souza, 36 anos, já acredita que os equipamentos não surtem muito efeito. Já na Avenida Mato Grosso, o técnico de informática, Francisco de Oliveira Souza , 38 anos, acredita que as câmeras são importante pra ajudar a identificar os autores de crimes. “Infelizmente inibir não inibe, porque os bandidos estão cada vez mais audaciosos”, disse ele que trabalha em uma loja de produtos de informática.