Internos procuram a Polícia e dizem ser ameaçados de morte dentro do presídio
Em depoimento, afirmaram que não participam de nenhuma facção criminosa e por isso se tornaram alvo do PCC
Dois internos do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande procuraram a polícia na tarde desta terça-feira (29) para denunciar ameaças de morte sofridas dentro da unidade pena. Segundo eles, o autor do crime é integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em depoimento os presos, de 29 e 26 anos, contaram que cumpriam pena do regime semiaberto no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira e que lá ficavam na área de risco – destinada a estupradores e policiais. Nesta terça-feira, no entanto, foram transferidos para a Casa de Albergado, localizada na Vila Sobrinho, e acabaram intimidados por um dos presos.
Para a polícia, eles afirmaram que não participam de nenhuma facção criminosa e por isso foram ameaçados por um integrante do PCC. O suspeito, segundo eles, é a “voz” do grupo dentro do presídio e teria dito que se eles voltassem para o Albergado durante a noite seriam assassinados.
O principal suspeito do crime foi identificado apenas como “Pereu”. Conforme apurado pelo Campo Grande News, as vítimas da ameaça possuem longa ficha na polícia por crimes como roubo, furto e ameaça. Um deles ainda tem passagem por tentativa de homicídio na cidade de Eldorado – a 447 quilômetros da Capital.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro e é investigado.
Mortes – Em menos de 24 horas três internos foram encontrados mortos em presídios de Campo Grande.
Nesta manhã, Max Manoel Bezerra Goncalves Neto e Weverson Ferreira da Silva, de 19 a 20 anos, foram enforcados com cordas artesanais nas grades dos fundos do pavilhão 2 durante o banho de sol, no Presídio de Trânsito de Campo Grande. Os dois foram presos em Sidrolândia e estavam cumprindo pena na Capital por tráfico de drogas há apenas 4 dias.
Ontem, Mateus de Souza Silva, de 20 anos, foi encontrado morto no Presídio de Segurança Máxima. De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo estava no pavilhão 1-A, achado também após o banho de sol, com uma corda presa ao pescoço.
A Polícia Civil investiga os casos e não descarta homicídio.
