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Capital

Investigação da PF contra fraude envolve seis empresas da Capital

Policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, um deles na Dicorel

Nadyenka Castro e Paula Maciulevicius | 06/02/2013 10:37
Policial federal com documentos apreendidos em empresas investigadas. (Foto: Luciano Muta)
Policial federal com documentos apreendidos em empresas investigadas. (Foto: Luciano Muta)

A PF (Polícia Federal) investiga seis empresas, sendo três da mesma família, por fraude em licitação federal. Em três delas - da mesma família - foram cumpridos mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira. Uma delas é a Dicorel, localizada na avenida Costa Silva.

Um funcionário da empresa negou a apreensão. Segundo ele, a PF chegou lá por volta das 7 horas. De acordo com ele, a Dicorel presta serviços de telefonia e tecnologia ao órgão federal e por esse motivo os policiais faziam a manutenção.

A empresa está fechada e pelo menos sete policiais olhavam documentos e computadores. Pelo menos quatro funcionários foram dispensados.

A ação dos policiais integra a Operação Volts, que cumpriu seis mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas de uma mesma família e nas residências dos proprietários. Estas três empresas, junto com outras três que estão sob investigação, participaram de licitação para serviços elétricos no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul.

A ação é resultado de denúncia ao MPF (Ministério Público Federal) que levou à investigação da PF iniciada em 2011. O denunciante, segundo informado, relatou que soube do resultado de quatro licitações para serviços de instalações elétricas no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, antes mesmo que os envelopes com propostas de preços fossem abertos.

A pessoa declarou que soube do resultado porque parte das empresas participantes firmaram acordo para fraudar e superfaturar as licitações. Conforme a PF, não foi constatada a participação de qualquer servidor público nos crimes investigados.

As investigações foram realizadas pela Delefin (Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos) em parceria com a CGU (Controladoria Geral da União).

Segundo a coordenadora da ação, Cecília Silva Franco, as licitações são de 2010 e participaram seis empresas, sendo três da mesma família. Todas apresentaram propostas com valor R$ 400 mil a mais do que o previsto em edital.

O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul informou que prestou todas as informações solicitadas pela PF, como fornecimento de documentos. As investigações da PF não apontaram envolvimento de servidores na fraude.

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