ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Investigações ignoraram denúncias de delegado, afirma defensor de réu a júri

Defesa apresentou ainda um relatório que aponta o envolvimento de dois policiais no caso

Gabriel Neris e Izabela Sanchez | 15/08/2018 15:45
José Moreira Freire está sendo julgado nesta quarta-feira acusado de matar delegado em 2013 (Foto: Izabela Sanchez)
José Moreira Freire está sendo julgado nesta quarta-feira acusado de matar delegado em 2013 (Foto: Izabela Sanchez)

O advogado Renê Siufi, que faz a defesa de José Moreira Freire – denunciado por efetuar os disparos que mataram o delegado aposentado Paulo Magalhães em junho de 2013 – afirmou que as investigações ignoraram as denúncias apresentadas pelo policial à época. “Ele estava chegando perto demais de quem sabia muita coisa”, disse o advogado ao júri. O criminalista também argumentou que de todas as testemunhas ouvidas nenhuma citou o réu.

Siufi apresentou relatório apontando o envolvimento de dois policiais no caso, além de questionar a falta de investigações da polícia apontando que o réu seria pistoleiro. Uma das provas da polícia seria uma chácara que ele comprou no valor de R$ 500 mil. O advogado defendeu que a chácara foi adquirida dois anos antes do crime e se trata de um imóvel simples.

Siufi também aponta que o réu não foi citado na compra da motocicleta utilizada no dia do crime. O advogado defendeu ainda que no momento do crime o réu estava trabalhando como segurança em uma casa em construção, propriedade do filho de Mafuci Kadri, e também no hospital com o nome da família, portanto não haveria tempo hábil para deixar a casa e chegar ao local do crime.

Já o promotor Douglas Oldegardo defendeu as investigações policias. “Não estamos aqui hoje discutindo linhas de investigações. Estamos tratando da morte de um delegado. Um crime cometido à luz do dia como se Campo Grande fosse o velho oeste”.

Também afirma que todos os dados da DIP (Departamento de Inteligência Policial) foram checados e confirmados. Citou o caso do terceiro acusado de envolvimento no crime, identificado como Rafael Leonardo dos Santos, encontrado morto no lixão localizado na saída para Sidrolândia, suspeita de queima de arquivo. “Não esperem confissão num caso desse, não esperem qualquer colaboração”.

O Ministério Público Estadual solicitou imagens das câmeras de segurança do El Kadri, mas teve o pedido negado. Questionou ainda a defesa por negar o pedido se tinha como provar que estava no hospital e por não responder onde estava durante o tempo em que ficou foragido.

Nos siga no Google Notícias