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Capital

Investimento na saúde aumenta, mas vigilância epidemiológica míngua

Receita de impostos foi de R$ 1,76 bilhões; apenas R$ 27 mil foram empregados no controle de epidemias

Tatiana Marin | 28/02/2019 18:29
Reunião de Prestação de Contas da Saúde no Plenário da Câmara Municipal. (Foto: Tatiana Marin)
Reunião de Prestação de Contas da Saúde no Plenário da Câmara Municipal. (Foto: Tatiana Marin)

A saúde pública de Campo Grande recebeu R$ 1,76 bilhões em investimentos no 3º quadrimestre de 2018, cerca de R$ 110 milhões a mais que o mesmo período do ano anterior. Porém, o valor destinado à vigilância epidemiológica não respeitou a receita programada. Os dados foram divulgados na Prestação de Contas da Saúde Pública na tarde desta quinta-feira (28) pelo secretário municipal de Saúde Pública, Marcelo Vilela, no Plenário da Câmara Municipal, em Campo Grande.

O montante, recurso advindo de impostos arrecadados, é maior em cerca de R$ 110 milhões que o destinado no último quadrimestre de 2017, conforme observou o integrante do Conselho Municipal de Saúde, Caio Aguirre, mesmo que a proporção tenha ficado abaixo, 26,33%, quando no ano anterior foi de 36%. Segundo Vilela, o fenômeno se dá por conta do aumento na arrecadação e o mínimo a ser investido na saúde é de 15%.

Além da verba dos impostos, a saúde recebeu R$ 610,1 mil do SUS (Sistema Único de Saúde), mesmo tendo previsão inicial e atualizada de R$ 711,9 mil.

Tendo em vista tal aumento e, apesar de estar se aproximando época esperada de casos de dengue, o setor de Vigilância Epidemiológica recebeu pouco mais de 2% do recurso. Não obteve nem o valor da Dotação Inicial, que era de R$ 30,2 mil. A receita foi atualizada para R$ 27,2 mil, mas desta despesa R$ 24,8 mil foram liquidados.

Além da execução orçamentária financeira, o relatório contém as auditorias, descrição da estrutura física da rede de saúde e indicadores de metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde que foram alcançadas ou não pela Sesau.
A ausência de médicos foi mencionada pelos presentes, tanto vereadores como conselheiros municipais de saúde. Segundo o conselheiro Caio Aguirre, faltam cerca de 300 médicos na rede, sendo 250 na atenção básica, fato confirmado pela vereadora Cida Amaral.

Por sua vez, Vilela explicou que não há adesão dos profissionais chamados pela Prefeitura. Em sua fala, o secretário justificou que em 2017 foram chamados cerca de 400 médicos, em 2018 mais de 1000 e que somente em 2019 foram mais de 300. Deste montante, apenas cerca de 15% acabam assumindo suas funções.

Além do secretário Marcelo Vilela e do vereador Lívio Leite (PSDB), participaram da reunião a vereadora Cida Amaral (PROS) e os vereadores Odilon de Oliveira (PDT), Loester Nunes de Oliveira (MDB), Francisco Gonçalves de Carvalho (PSB), Vinícius Siqueira (DEM) e Wilson Sami (PMDB).

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