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Capital

Jovens são presos pela Polícia Militar negociando cocaína no WhatsAPP

Antonio Marques e Caroline Maldonado | 24/05/2015 09:46
Dois dos três rapazes presos nesta manhã por tráfico de cocaína no WhatsAPP (Foto: Fernando Antunes)
Dois dos três rapazes presos nesta manhã por tráfico de cocaína no WhatsAPP (Foto: Fernando Antunes)

Três rapazes foram presos na manhã de hoje, 24, depois de serem flagrados por uma viatura da Polícia Militar com cinco papelotes de cocaína. Além da droga, os policiais apreenderam dois celulares, utilizados para fazer os contatos com usuários por meio do aplicativo WhatsAPP. A rede social está substituindo o disque-droga.

Por volta das 6h da manhã, uma viatura da PM comandada pelo sargento Xisto Duarte Junior, abordou os dois suspeitos em uma motocicleta próximo ao cruzamento da Rua 14 de Julho com a Avenida Nachid Neder, no Bairro Monte Castelo. Segundo o sargento, eles estariam em atitude considerada suspeita.

Durante a revista, os policiais encontraram os papelotes de cocaína e decidiram averiguar os telefones celulares, justamente para identificar conversas com possíveis usuários, uma vez que se tornou comum o uso do WhatsAPP entre traficantes e seus clientes.

Verificada a ação criminosa, os policiais detiveram os jovens Antonio de Souza Moreira, 18 anos, que disse ser servente de pedreiro e Clemildo Dias Ramos, 24 anos, que seria ajudante de entrega, que não confirmou qual produto ele faria entrega.

Com as provas das conversas nos celulares, os policiais acompanharam os dois até a residência do técnico em informática Renato de Queiroz Rodrigues, 32 anos, no Bairro Nova Lima, que utilizava o aplicativo de bate-papo por meio de um notebook para o mesmo fim, comercialização de cocaína.

Os rapazes foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e enquadrados nos crimes de tráfico de drogas e formação de quadrilha. O delegado Hoffman D'avila Candido e Sousa disse que os crimes foram comprovados diante de arquivos de conversas no computador e nos celulares dos criminosos, além de Antonio Moreira ter confessado que faria a entrega de cocaína em alguns locais da cidade, como uma boate da Capital, conforme apontou uma das conversas no WhatsAPP.

O delegado Hoffiman disse que os bate-papos entre os rapazes caracterizam “mercancia”, ou seja, negociação de mercadoria, neste caso que seria ilegal. “Esta tecnologia tem se tornado bastante comum na prática desses delitos. E usamos os arquivos das conversas como prova para coibir essa prática”, afirmou.

Os rapazes detidos utilizavam o aplicativo WhatsAPP para o contato com os clientes (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Os rapazes detidos utilizavam o aplicativo WhatsAPP para o contato com os clientes (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
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