Juiz acredita que acusado de matar Maksoud seja extraditado em 2 meses
Rafael Carlos Masqueda, o Rato, foi preso no Paraguai. Já foram enviados documentos para extradição e só quando ele estiver em Campo irá a júri popular
Deve estar em Campo Grande até novembro Rafael Carlos Masqueda, o Rato, que foi preso no Paraguai e é o acusado de disparar os tiros que mataram o advogado Willian Maksoud Filho, em 2006.
Pelo menos é o que estima o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que já fez o pedido de extradição. “Acredito que no máximo dois meses”, calcula o magistrado. E só quando Rafael já estiver na Capital é que será levado a júri popular.
Diante da prisão de Rafael, o magistrado determinou o desarquivamento do processo criminal e entrou em contato com o Consulado do Paraguai. Ele também oficiou o Ministério da Justiça e o Itamaraty para extraditar Rafael.
O crime - Wiliam estava trabalhando no escritório de advocacia, na região central de Campo Grande, quando Rato invadiu a recepção e efetuou vários disparos contra Willian Maksoud Filho. Ele fugiu em seguida na garupa de uma motocicleta.
Na ocasião, a Promotoria de Justiça denunciou 12 pessoas. Cinco foram pronunciados e todos julgados e condenados, com exceção de Rato, que foragiu para o Paraguai.
Segundo a denúncia, William Maksoud Filho foi morto porque recebeu dinheiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para transferir um detento para Campo Grande, mas não conseguiu fazê-lo.
Ele teria que devolver os honorários, ainda conforme a denúncia, mas reembolsou somente parte do dinheiro.
Maksoud sofreu o atentado no dia 5 de abril de 2006 e morreu na Santa Casa de Campo Grande no dia 22 de abril.