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Capital

Juiz mantém presa família que matou idoso para roubar carro

A prisão mãe dos dois filhos foi mantida pelo juiz Vitor Luís de Oliveira Guibo durante audiência de custódia no Fórum.

Viviane Oliveira | 14/02/2019 09:57
Da esquerda para a direita, Anselma, Rorthiman e Maicon. Os três foram presos em flagrante e vão responder por três crimes (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Da esquerda para a direita, Anselma, Rorthiman e Maicon. Os três foram presos em flagrante e vão responder por três crimes (Foto: divulgação/Polícia Civil)

A Justiça decretou nesta manhã (14) a prisão preventiva da mãe e dos dois filhos envolvidos no assassinato de Luiz Pereira Alves, 75 anos, para roubar um GM Astra. O crime aconteceu na quinta-feira (7), mas o corpo só foi encontrado na noite de ontem (12), enterrado próximo de um córrego, após denúncias anônimas. 

A prisão de Anselma Gonzalez da Silva, 59 anos, e os dois filhos dela, Maicon Gonzalez da Silva, 19 anos, e Rorthiman Gonzalez da Silva, 25 anos, foi mantida pelo juiz Vitor Luís de Oliveira Guibo durante audiência de custódia no Fórum. 

Anselma já foi presa outras duas vezes por tráfico de drogas e era foragida do regime semiaberto desde dezembro do ano passado. Maicon tem passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e Rorthiman duas prisões em flagrante por tráfico e furto.

Caso - Presa por mandar o próprio filho assassinar o idoso, Anselma relatou a polícia que tinha ódio da vítima e por isso pensou no crime. Em depoimento, a mulher desmentiu ter planejado o assassinato para ficar com o carro de Luiz e trocá-lo por drogas. Sem detalhar os motivos, afirmou que conhecia o idoso há 25 anos e que manteve relacionamento amoroso com ele logo no início da amizade.

A mulher contou que mesmo com o fim do relacionamento, Luiz continuou indo quase todos os dias em sua casa para “tomar tereré”. Ainda assim, segundo Anselma, tinha ódio dele e por isso teve a ideia de matá-lo. Para cometer o crime pediu ajuda do filho, Rorthiman. 

Para a polícia a mulher afirmou que o rapaz chegou a perguntar o porquê do crime, mas ela só pediu mais uma vez que ele fizesse esse “favor” para ela. No dia do assassinato, Rorthiman deixou um pedaço de madeira em um lugar de fácil acesso e mais tarde, quando Luiz chegou para tomar tereré como de costume, o matou com três pauladas na cabeça.

Anselma detalhou que tudo aconteceu no salão da casa. Falou que Luiz conversava com eles e que no momento certo, o segurou pelo braço. O filho entendeu o que tinha que fazer e o matou. Depois, os dois enrolaram o corpo em um cobertor, colocaram no porta-malas do carro da vítima e ela voltou para limpar o local. “Lavei tudo com água sanitária e sabão em pó para não deixar vestígios”. Ela ainda ateou fogo na arma do crime. À noite, os dois juntos levaram o corpo até área de mata, próximo de um rio, na região de Furnas do Dionísio, em Jaraguari, e o enterraram. Anselma negou o envolvimento do outro filho, Maicon. 

O rapaz prestou depoimento e contou que a mãe de fato o chamou para participar do assassinato em troca de R$ 1,5 mil, mas negou e ainda expulsou Anselma da casa dele. Foi depois dessa cena, segundo ele, que a mulher foi morar na casa em que Luiz foi morto, no Jardim Colúmbia. Na delegacia Rorthiman permaneceu calado, mas quando foi preso afirmou que o irmão, Maicon, foi quem cometeu o crime. 

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