Justiça condena irmãs que “mataram” marido fictício para receber pensão
A Justiça Federal condenou duas irmãs – Vera Sueli Lobo Ramos e Roseli Darlene Ferreira Lobo - que inventaram um marido fictício para receber pensão do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) em Campo Grande.
Conforme a assessoria de imprensa do MPF (Ministério Público Federal), autor da denúncia, elas foram condenadas ao ressarcimento de R$ 39.254,93, multa de cinco mil reais para cada, além do impedimento de contratar com o poder público e terem seus direitos políticos suspensos por cinco anos. Vera é ex-servidora do INSS.
Em 2002, a então servidora, que era responsável pela aprovação de aposentadoria, concedeu benefício previdenciário por morte em favor de sua irmã. O falecido fictício criado para a fraude, João Antonio Lobo, seria o marido de Roseli. A pensão foi paga por sete anos e cinco meses.
O golpe foi descoberto quando Hélio Ferreira da Silva procurou o INSS para solicitar benefício previdenciário. Na checagem dos documentos, o sistema da autarquia indicou que ele estava morto e que seu nome seria João Antonio, o fictício marido de Roseli.
Na fraude, foi usado o Número de Identificação do Trabalhador de Hélio e de uma terceira pessoa, Luzia Rodrigues Pereira. O registro desta última foi utilizado em nome de Roseli. Na ocasião, Vera foi demitida.
A ex-servidora já foi acusada pelo mesmo crime há alguns anos. Ela concedeu benefício de pensão por morte a uma pessoa, usando documentos falsos. O prejuízo dessa fraude foi de R$ 7.996,35.