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Capital

Justiça determina perícia no Centro de Especialidades Infantis

Segundo Ministério Público, que propôs ação, há falta de médicos, além de milhares de crianças na fila de espera para atendimento

Lucia Morel | 27/12/2020 12:12
Justiça determina perícia no Centro de Especialidades Infantis
Centro de Especialidades Médicas Infantis está localizado na avenida Manoel da Costa Lima, no bairro Guanandi. (Foto: Reprodução)

A Justiça determinou perícia no CEI (Centro de Especialidades Médicas Infantis), localizado no bairro Guanandi, em Campo Grande. A decisão decorre de ação impetrada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) após identificar irregularidades no local, desde falta de profissionais à de equipamentos e alta demanda reprimida.

Conforme o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, há necessidade de prova pericial para comprovar o que foi atestado pelo ministério em vistorias feitas no CEI em 2019. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) foi designada como perita, mas ainda não se manifestou sobre o pedido.

Conforme o MPMS, “as vistorias técnicas realizadas constataram que o Centro de Especialidades Infantis não dispõe de materiais, equipamentos e profissionais para a realização do atendimento integral que é de sua competência, além de possuir graves problemas estruturais”.

Petição inicial do MP sustenta que a fila por atendimento nas especialidades de Neurologia, Pediatria, Oftalmologia, Alergologia, Cirurgia Pediátrica, Otorrinolaringologia, Endocrinologista e Psicologia é enorme e cresceu nos últimos anos. Há, por exemplo, à espera por atendimento neurológico, 1.497 crianças.

Também foi identificada falta de profissionais nessas mesmas áreas, além da inclusão de Fonoaudiologia. “Logo, o acesso integral à saúde da criança e adolescente

que é de competência do Centro de Especialidades Infantis não está

sendo ofertado, pois não se encontra devidamente estruturado para realização

dos atendimentos, uma vez que não possui corpo de profissionais adequado

para o atendimento especializado nem a estruturação completa”, ressalta a ação.

Diante disso, o ministério pediu aumento de quantitativo médico nas especialidades e redução na fila de espera, bem como reestruturação do espaço, como implantação de equipamentos adequados aos atendimentos, como cobertura nas áreas de acesso às terapias em grupo e reforma no forro.

O juiz não concedeu a tutela antecipada, mas determinou, a pedido do MP, a prova pericial, ainda sem data para ser colhida. A SES ainda não informou quando deve realizar a perícia no local.

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