Justiça nega liberdade a acusado de matar técnico agropecuário para roubar
Os desembargadores da 3ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negaram pedido de habeas corpus, com pedido de liminar, a Anderson Ricardo de Arruda Silva, 28 anos, acusado de matar técnico agropecuário Carlos Guilherme dos Santos Bertoldo, 30 anos. O crime ocorreu na noite do dia 24 de janeiro, na Avenida Duque de Caxias, na Vila Eliane, em Campo Grande.
A defesa do acusado sustentou que a prisão preventiva de mais de 60 dias é infundada e Anderson tem condições pessoais favoráveis pelo fato de ser réu primária, ter bons antecedentes, ocupação licita e residência fixa.
Conforme os autos, o acusado mais três homens, que estavam em duas motocicletas, abordaram a vítima e sua esposa na Avenida Duque de Caxias, esquina com a Avenida Capibaribe e anunciaram o assalto. Dois passageiros desceram e foram em direção à vítima.
Carlos Guilherme teria concordado em entregar o veículo e a carteira e desceu da picape com a esposa. Quando a vítima viu o suspeito tentando colocar a mulher dentro da Strada novamente, pegou uma faca que estava no veículo e desferiu o golpe que acertou o braço dele.
Ao ver que o autor estava armado e iria atirar, Carlos tentou fugir e foi atingido por um dos disparos no peito esquerdo, na altura do coração. A vítima foi socorrida pelo Samu e levada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, onde já chegou sem vida.
Além de Anderson, William de Jesus Souza, 22 anos, foi reconhecido pela esposa da vítima e confessou o crime. A Polícia Civil pediu a prisão temporária dele, mas, a Justiça negou. O outro suspeito, identificado foi identificado como "Bim Bim".
Em sua decisão, relator do processo, desembargador Dorival Moreira dos Santos, afirmou que não restam duvidas sobre a participação e materialidade do crime. O relator justificou que a prisão preventiva é necessária para manter em seguro a ordem pública.