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Capital

"Ladrão do Itanhangá" agia todos os dias e cada vez mais agressivo, diz polícia

Polícia investigava mais de 20 ocorrências que envolvia "Purunga", morto em confronto nesta manhã

Dayene Paz e Cleber Gellio | 24/06/2022 10:34
Imagem de Purunga era divulgada nas redes sociais. (Foto: Direto das Ruas) 
Imagem de Purunga era divulgada nas redes sociais. (Foto: Direto das Ruas)

Morto após tentar atirar em policiais na manhã desta sexta-feira (24), Willian Felício Ortigoza, de 31 anos, conhecido por "Purunga", o "ladrão do Itanhangá", estava praticando furtos todos os dias, segundo a investigação. "Cada vez mais agressivo, passou usar arma de fogo", revelou o delegado Fábio Brandalise, da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).

O delegado conversou com a imprensa durante os trabalhos policiais na casa onde Willian foi alvejado. Ele explicou que diante dos furtos recorrentes e registro de 20 boletins de ocorrências envolvendo Willian, inclusive um ontem, o rapaz estava em situação de flagrante, por isso não havia mandado. "Ele estava em estado flagrancial devido ao último crime que cometeu. Existe um B.O que foi registrado ontem e existe um segundo B.O que a vitima não registrou mas está sendo providenciado", explicou.

Diante dos fatos, a Derf reuniu provas nos últimos dias e protocolou pedido de prisão preventiva. "Mas como ele praticava crimes todos os dias, até mais de um por dia, recebemos a informação que poderia estar no fundo da casa do pai e fomos no local para prendê-lo em flagrante", revelou Brandalise.

Perícia na frente da casa onde ocorreram os fatos. (Foto: Marcos Maluf)
Perícia na frente da casa onde ocorreram os fatos. (Foto: Marcos Maluf)

Quando os policiais chegaram no quarto dos fundos da casa do pai, Willian estava usando pasta base. "Nós acreditamos que ele tenha escutado a gente chegando, porque quando entramos no quarto, já estava com a arma na mão apontando para os policiais. Acredito que ele tenha dado um disparo, mas quando apertou a tecla do gatilho, não efetuou. A munição foi picotada e a perícia deve constatar a munição picotada no tambor", diz o delegado.

Delegado conversou com a imprensa durante trabalhos policiais na casa onde Willian foi alvejado. (Foto: Cleber Gellio)
Delegado conversou com a imprensa durante trabalhos policiais na casa onde Willian foi alvejado. (Foto: Cleber Gellio)

A arma encontrada no quarto, calibre 32 municiada, pode ser a mesma utilizada nas ações criminosas de Purunga. "Foi apreendida a arma, possivelmente aquelas que aparecem nas imagens. Num primeiro momento parece ser uma pistola e outro pareceu ser um revólver, não dá para afirmar se é o mesmo que foi apreendido. Também encontramos munições de calibre 22, arma que ainda não foi encontrada, mas uma equipe está em diligências. Acreditamos que as duas armas são produtos de subtração", ponderou.

A polícia ainda investiga se Purunga está envolvido em furto de arma de um policial, de um bombeiro, também invasão a casa de um juiz.

O caso - Purunga morreu ao reagir a abordagem de policiais da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), na manhã desta sexta-feira (24), no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. Ele foi alvejado por pelo menos dois tiros, na cabeça e tórax, na residência que fica na Rua Avalon, onde ele morava com o pai.

Conhecido nas redes sociais - Purunga é acusado de furtar diversas casas na região do Bairro Itanhangá Park, em Campo Grande, e chegou a ganhar um perfil no Instagram para divulgar imagens de câmeras de segurança que flagraram os furtos e assim, tentar chamar a atenção da polícia.

Na descrição do perfil @ladraonoitanhanga está a explicação: "este ladrão está roubando casas em sequência no Itanhangá. Se passa por mendigo, pede comida nas casas de família e volta pra fazer a limpa. Invadiu casas a pé ou de bicicleta, levando muitos pertences”.

O último furto em que Purunga aparece nas imagens de câmeras aconteceu na quarta-feira (22) e foi divulgado pela página nesta quinta-feira (23). "Ontem 22/06/2022 às 21h55 o Purunga invadiu um escritório no Itanhangá, pela segunda vez, e levou televisão com ajuda de mais 3 ladrões. Agora as invasões estão sendo feitas por uma quadrilha", publicou a página.

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