Lamaçal impede ambulância de chegar à casa de paciente, no Rivieira Park
Para ajudar idoso que teve parada cardiorrespiratória, equipe do Samu atravessou atoleiro, andando 50 metros até chegar ao local
Barro fez equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) descer da ambulância e atravessar lamaçal a pé, para atender um idoso de 96 anos, em Campo Grande. O paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória na manhã desta quarta-feira (17), no bairro Rivieira Park, região sul de Campo Grande.
Engenheiro civil Jefferson da Silva Ferreira, 30 anos, que mora no bairro há cinco anos gravou um vídeo e enviou ao Direto das Ruas, mostrando a dificuldade que a equipe do Samu teve para atender o paciente, que mora na rua José Francisco de Paula Eduardo.
“Na manhã de hoje ele passou mal e a nora ligou para o Samu. Quando chegaram aqui, por volta das 7h, ficaram tentando aproximar o veículo por conta da gravidade, mas tiveram dificuldade e para não atolar, as duas ambulâncias estacionaram na rua Ana Medeiros Costa Faria”, contou Jefferson.
As ambulâncias estacionaram 50 metros da casa do paciente e as equipes tiveram que descer e ir a pé até o local. Por conta da lama, os profissionais caminhavam com dificuldade pela rua. “Ficaram patinando, escorregando. Eles carregaram a maca e um cilindro de oxigênio portátil. Um atendimento que poderia ocorrer em 10 minutos, demorou meio hora por conta da lama”.
Apesar da dificuldade, o paciente foi socorrido e levado consciente para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coophavila. “Com o peso do idoso sobre a maca, quase atolaram. Foi complicado”, delcarou.
Segundo Jefferson, sempre que chove, o drama é o mesmo, a lama. “Nenhuma rua daqui é asfaltada. Sorte que ontem não choveu forte porque se tivesse acontecido, não teria condições nem de andar pelo local”.
O morador reclamou ainda sobre a falta de asfalto. “Só jogam cascalho, que sempre é levado com a água da chuva. Quando patrolam, fica ainda pior porque retiram a camada firme e a poeira toma conta. Isso dificulta a respiração em tempos secos e quando chove, vira atoleiro”.
Até caminhão da Solurb (Soluções Ambientais) já teve dificuldade no local. “Há cerca de um ano, quando vieram tirar o lixo dos moradores, o veículo atolou. Tem rua pior até que essa onde o Samu teve dificuldade de entrar”, disse.
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