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Capital

Laudo confirma que bebê de 8 meses também era torturado por casal

Inquérito da Polícia Civil foi concluído nesta semana; casal responderá por tortura

Kerolyn Araújo e Clayton Neves | 30/04/2020 10:46
Laudo confirma que bebê de 8 meses também era torturado por casal
A mãe e a criança, em foto encontrada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)


Mãe de 21 anos e padrasto de 19, presos no dia 21 de abril por tortura a uma criança de 3 anos, no bairro Santa Emília, em Campo Grande, foram indiciados pela Polícia Civil. Durante as investigações, também ficou comprovado que o filho mais novo da mulher, de 8 meses, também era agredido.

Ao Campo Grande News, a delegada Francielle Candotti, da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), contou que o inquérito foi concluído na última terça-feira (28). A mãe e o padrasto das crianças foram indiciados por tortura. ''Ela alegou que a menina era muito arteira e, por isso, apanhava", disse.

Ainda segundo a delegada, a dupla negou agressão ao bebê, porém, laudos comprovaram que o filho mais novo também era agredido. ''Ele tinha marcas da coxa, do lado interno, e nas nádegas, como se algum objeto tivesse sido utilizado para pressionar a área, mas sem chegar a furar", detalhou.

O inquérito também concluiu que a mãe já torturava a menina há bastante tempo, antes mesmo de casar com o padrasto da criança. ''Ela tinha lesões antigas. As agressões já estavam vindo há um tempo", disse.

O casal, que segue preso, responderá por tortura. O bebê está em um abrigo e a menina segue internada na Santa Casa. Ela foi submetida a cirurgia em decorrência de fratura exposta que tinha na perna.

O caso - O caso veio à tona depois de a mãe e padrasto procurarem atendimento médico para a menina na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon. Eles alegaram que a criança havia caído do berço sozinha, causando a lesão na perna, no entanto, ao ser confrontada na Santa Casa, a mãe confessou o espancamento.

A família vivia em uma chácara, na rodovia que dá acesso a Santa Rita do Pardo. A menina era agredida a chineladas, cinto e com fio elétrico.

O padrasto estava foragido havia um ano do sistema prisional. Aos 19 anos, ele tem passagens policiais por roubo, furto e violência doméstica, segundo as informações levantadas pela reportagem.

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