Licitação de 1,9 milhão retoma obra de unidade de saúde interrompida há 12 anos
Imóvel começou a ser construído em 2011 e execução parou em outubro de 2013, com gasto de R$ 800 mil

A obra da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) no Jardim das Perdizes deve ser retomada este mês, 12 anos após a execução ser paralisada, com gasto de R$ 800 mil e 60% dos trabalhos concluídos. Agora, o edital lançado nesta quarta-feira (3) prevê desembolso de R$ 1,9 milhão.
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A Prefeitura de Campo Grande retomará a obra da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no Jardim das Perdizes após 11 anos de paralisação. O projeto, que já consumiu R$ 800 mil e teve 60% dos trabalhos concluídos, agora demandará investimento adicional de R$ 1,9 milhão. A licitação para conclusão da obra será realizada em dezembro, com prazo de execução de 240 dias. O local, que se tornou ponto de usuários de drogas, é considerado essencial para a região devido à alta demanda por serviços de saúde. A deterioração da estrutura existente exigirá que alguns serviços sejam refeitos.
A abertura da sessão e disputa de preços serão no dia 19 de dezembro, a partir das 7h45. A concorrência, a modalidade menor preço, será em lote único e a empresa a ser definida deverá entregar o prédio reformado e com todas as instalações elétricas em 240 dias, a partir da assinatura da ordem de serviço.

A licitação objetiva contratar empresa especializada para finalizar a UBSF, incluindo trabalho de pavimentação, esquadrias, cobertura, pintura e instalação de sistemas elétricos, hidrossanitários, segurança contra incêndio, pânico e gases medicinais.
Segundo documentos publicados hoje no Portal de Licitações, o total da obra é de R$ 1.932.017,89, com desembolso ainda em dezembro deste ano de R$ 231.105,10. Em 2026, será repassado o restante do recurso, R$ 1.700.912,79.
Na justificativa, a prefeitura alega que a UBSF do Jardim das Perdizes é considerada essencial para a funcionalidade social da região, onde há uma grande demanda por serviços de saúde. Além disso, o projeto já contou com considerável investimento público, o que torna a conclusão da obra uma necessidade econômica, para que os recursos aplicados até agora não se percam.
“As atividades executadas no início da obra, aliadas ao passar do tempo e à falta de manutenção na edificação, acarretaram a deterioração da estrutura. Alguns serviços precisam ser refeitos, tendo em vista que o projeto é de retomada de obra não concluída”, consta nos documentos.
Histórico - Assinada em 8 de agosto de 2011, a ordem de serviço previa a entrega do prédio em 180 dias, isto é, em fevereiro de 2012. Contudo, após vários adiamentos, os serviços não avançaram e os trabalhos foram interrompidos em 31 de outubro de 2013.
A retomada da obra é promessa antiga. O local virou ponto de usuários de droga e motivo de reclamação constante dos moradores do entorno. O atraso chegou a ser alvo de ação na Justiça Federal, por conta do uso de verba da União.
Relatório anteriormente divulgado pela CGU (Controladoria-Geral da União) indica que a execução já consumiu R$ 800 mil.
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