Mãe denuncia abuso sexual dentro de entidade que atende crianças com câncer
A mãe de um menino de 6 anos denunciou suposto abuso sexual do filho dentro da AACC/MS (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer). O menino é atendido pela entidade e, segundo a mulher, foi vítima de outro garoto de 8 anos, no início deste mês, neto de uma funcionária.
A mulher procurou a direção da AACC e relatou que viu os dois saindo da casinha do playground da Associação, “arrumando a roupa”. Segundo a AACC, apesar de serem só suspeitas de abuso, foram tomadas “todas as providências devidas no caso”, inclusive, com comunicação ao Conselho Tutelar.
A Associação garante que presta atendimento à vítima e à responsável. "Inclusive, foi oferecido acompanhamento psicológico com um profissional especializado fora da equipe AACC/MS”, informa.
Segundo a entidade, a funcionária responsável pelo menino acusado foi imediatamente afastada, porque levou o neto para o trabalho sem autorização da direção. “Foi afastada por tempo indeterminado, uma vez que a mesma descumpriu normas internas”.
Apesar de assegurar o amparo dos envolvidos, a AACC informa que é uma casa de apoio que oferece hospedagem ao assistido e a um acompanhante da família, sempre do sexo feminino, podendo ser mãe, tia, avó ou irmã. Por isso, a Associação entende que é da acompanhante a responsabilidade pela vigilância do assistido. “Essa norma está disposta em nosso Estatuto e é de conhecimento destas responsáveis a partir da entrada na casa”.
A AACC encerra a nota sobre o caso lembrando que “orgulha-se em ser uma instituição de conduta irreparável, com um trabalho de 21 anos no estado. Apenas em 2018, mais de 500 crianças foram assistidas, com mais de 5 mil hospedagens, 26.820 refeições oferecidas e mais de 24 mil atendimentos multiprofissionais realizados. Nossa equipe passa por constantes treinamentos para que nossa missão, que é cuidar da criança e do adolescente com câncer em Mato Grosso do Sul, seja realizada com maestria.”
O caso será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A reportagem tentou contato com a delegada Franciele Candotti Santana, que deve assumir o caso, mas ela informou que não comentará o assunto no momento.