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Capital

Mãe é barrada em peça de teatro e leva caso à polícia

Jovem alega que foi impedida de assistir ao espetáculo por estar com a filha de nove meses

Por Natália Olliver | 12/04/2024 18:25
Teatro Aracy Balabanian, instalado dentro do espaço José Octávio Guizzo (Foto: Campo Grande News/ Arquivo)
Teatro Aracy Balabanian, instalado dentro do espaço José Octávio Guizzo (Foto: Campo Grande News/ Arquivo)

Lohanna Chrystye de Lima Messias (25) foi barrada em uma peça de teatro na Capital e levou o caso à polícia. O motivo, segundo ela, foi ter sido impedida de ver a apresentação por estar com a filha de nove meses. O episódio aconteceu no Aracy Balabanian, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na noite desta quinta-feira (12).

Ela conta que os problemas já começaram para conseguir os ingressos para a peça 'Todo Redemoinho Começa Com Um Sopro'. “O rapaz da bilheteria disse não estava autorizado a me dar o ingresso porque não era permitido a entrada da minha bebê. Pedi pra falar com o diretor ou responsável”. Apesar do desafio inicial, ela conseguiu os ingressos.

Segundo a estudante, o diretor da Cia de teatro Ofit, Nill Amaral, disse que era noite de estreia, que o espetáculo seria gravado e não poderia ter barulho. “Ele me pediu para ficar mais afastada. Eu disse que já assisti a peça, que voltei porque tinha gostado e que não teria problema assistir de longe. Ele pediu que se ela chorasse eu me retirasse. Eu falei que faria isso e que não precisaria pedir".

Ele acrescenta que a filha quis chorar antes da peça começar, mas que foi amamentada e parou. “A peça começou e emitiu pequenos som de bebê, ele veio e falou que eu teria que sair. Eu disse que ela não estava chorando, apenas emitindo sons de bebê e ele disse que estava fazendo barulho e iria atrapalhar.” Segundo a jovem, o diretor teria a coagido a sair do local.

A assessoria do diretor informou que em momento algum houve coação por parte de qualquer membro da Cia em relação à mãe e que o episódio foi um caso isolado, em que a jovem confundiu a classificação indicativa do espetáculo.

“Ressaltamos que nós, da equipe de comunicação, temos enfatizado essa informação em todos os nossos canais de divulgação quanto a classificação indicativa do espetáculo, indicando que o trabalho é recomendado para o público a partir de 12 anos.”

A companhia também explicou que foi realizada uma conversa com a espectadora, na qual a Cia também se prontificou a pensar em criar espaços de discussão sobre a importância e necessidade da classificação indicativa.

“Consideramos também a possibilidade de pensar na elaboração de parcerias para viabilizar sessões e espetáculos direcionados especificamente para mães e bebês, levando em conta aspectos como iluminação, climatização e volume do som, a fim de proporcionar um ambiente mais adequado para as crianças e bebês.”

A assessoria informou ainda que se colocou à disposição para que a jovem pudesse ver o espetáculo. Lohanna se recusou a voltar para ver a peça nesta sábado (13). "Queria ter assistido na quinta, não no sábado".

Sobre o episodio, a coordenação do Centro Cultural José Octavio Guizzo e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul pontuou que não se responsabiliza pelas apresentações das peças de teatro com o Teatro Aracy Balabanian cedido aos grupos.

"Essa responsabilidade é total das Cias que se apresentam, mas diante desse fato faremos reuniões internas para que sejam respeitadas as classificações indicativas das peças e também, em determinados momentos, sugerir aos grupos de teatros sessões especiais, com toda a acessibilidade necessária nesses casos, para que cada vez mais trabalharmos a inclusão da sociedade para acesso à cultura."

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