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Capital

Médica reclama ao ser acordada para atender emergência, diz família de paciente

Francisco Júnior | 08/07/2014 09:32
Vilma reclama de atendimento em posto. (Foto: Marcelo Calazans)
Vilma reclama de atendimento em posto. (Foto: Marcelo Calazans)

A auxiliar de serviços gerais Vilma Gonçalves, 53 anos, relata que passou uma situação constrangedora ao levar seu irmão para atendimento no posto de saúde do bairro Tiradentes, em Campo Grande, na noite de ontem (7).

Segundo ela, a médica não gostou de ser chamada para atender seu irmão, Lucas Gonçalves, 44 anos, que teve uma crise epilética e estava convulsionando. “Ela simplesmente perguntou porque foram acordá-la”, reclamou.

Conforme Vilma, a médica chegou a dizer que não precisava estar trabalhando no posto. “ Ela virou para mim e disse 'eu estou aqui, mas não preciso disso'. É dessa maneira que a gente é atendido em Campo Grande, um absurdo”.

Vilma contou que o irmão começou a passar mal na tarde de ontem e teve que contar com a ajuda de vizinhos para conseguir levá-lo para o posto de saúde. “ Liguei para o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] pedindo socorro, para que fosse mandada uma ambulância para resgatar meu irmão, mas o médico que falou comigo por telefone disse que não poderia mandar uma ambulância e que era para eu levar por conta própria”, relatou a auxiliar.

Vilma disse que só conseguiu levar o Lucas até o posto com ajuda de um vizinho que tem carro. “ A gente foi humilhado. A saúde no país é uma droga, está um desastre”, disparou.

De acordo com ela, seu irmão está com uma infecção grave nos pulmões e precisa ser transferido para a Santa Casa com urgência, porém ele continua internado no posto. “ Estão esperando ele morrer. Só falta isso”.

A reportagem do Campo Grande News este no posto e tentou falar com a direção, a informação repassada por uma funcionária foi de que apenas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) pode falar sobre o assunto.

A assessoria de imprensa da Sesau informou que o estado de saúde do paciente não é grave e desde que ele deu entrada no posto de saúde já foi avaliado por quatro médicos.

Segundo a assessoria, a direção do posto já solicitou uma vaga em um hospital da Capital para que Lucas seja transferido.

A reportagem entrou em contato com médica citada na matéria e ela rebateu as informações dadas por Vilma. A médica relatou que o paciente foi prontamente atendido e em momento algum se queixou ao ser chamada para atendê-lo. " Quando foram chamar para vê-lo, eu não estava mais no meu horário de trabalho, era o plantão de outro colega. Como ainda estava lá, falei que eu iria, pois já estava acompanhando o pacidente", relatou a profissional.

A médica negou dito aos familiares a frase "'eu estou aqui, mas não preciso disso". "A irmã do pacidente estava exaltada e começou a tumultuar o atendimento. O marido dela falou para que não dar atenção. Eu disse para ele que não sou obrigada a ouvir disaforo", retrucou a médica.

Ela disse que durante seu plantão solicitou vaga para que o pacidente fosse transferido da unidade.

(Matéria editada para acréscimo de informações)

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