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Capital

Melhorar destinação do lixo vira prioridade do governo contra dengue

Natalia Yahn e Leonardo Rocha | 05/04/2016 13:11

Mato Grosso do Sul tem mais de R$ 40 milhões em recursos de compensação ambiental que podem ser usados na construção de aterros sanitários o que, para o governo, deve ser prioridade no combate ao Aedes aegypti – que transmite dengue, zika e chikungunya. O governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), anunciou a preocupação em relação ao lixo nesta terça-feira (5), durante a primeira reunião do Comitê Estadual de Combate ao mosquito.

O atual foco para ações de combate ao vetor é a destinação do lixo e ampliação da coleta seletiva, por conta dos possíveis criadouros do mosquito. “Hoje, a maioria das cidades ainda tem lixões a céu aberto. A realidade precisa mudar com aterros sanitários”, disse o governador, que cogitou aterros coletivos, que podem ser sados várias cidades em um local apropriado.

Na ocasião, foi lançado o site Guerra Mosquito (clique aqui para acessar), onde serão divulgados os dados relativos ao combate a dengue e também informações sobre as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado.

No encontro foi lançado ainda o edital da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) para projetos de pesquisa e tecnologia no combate ao mosquito, no valor de R$ 712,5 mil.

O secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, falou sobre o projeto colaborador voluntário nas ações de controle da dengue, chikungunya e zika. A resolução que institui o decreto foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) desta terça-feira (5).

“Cada instituição, empresa, entidade, vai ter um grupo de pessoas para cuidar da limpeza, do lixo e fazer a fiscalização de qualquer coisa que possa gerar foco de mosquito. Eles vão ter um aplicativo no celular para atualizar o Governo sobre a situação dos locais”, afirmou.

A previsão é de que o projeto seja colocado em prática em 60 mil empresas parcerias, onde muitas vezes não é feita a visita dos agentes de controle de endemias. 

Desde outubro de 2015 já foram 1,6 milhão de vistorias em imóveis no Estado, alguns mais de uma vez. Porém 281 imóveis não tiveram vistoria, por falta de acesso.

O governador também falou sobre a remuneração para os agentes de controle de endemias, que passou de R$ 120 para R$ 300 e deverá chegar a meio salário mínio até 2018. “Esse incentivo, aos agentes, tem intenção de melhorar o serviço já que eles fiscalizam terrenos, casas e locais abandonados. E são importantes neste combate ao foco do mosquito”, disse Azambuja.

Reivindicação - No final de fevereiro, representantes do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), foram até a Assembleia Legislativa, buscar apoio dos deputados sobre este projeto. Eles queriam algumas mudanças nos índices que seriam apresentados pelo governo estadual.

Segundo presidente da entidade, Marcos Tabosa, a proposta do governo consistia em pagamento de 30% do salário mínimo, este ano, em 2017, 40%, e no seguinte 50%. Já o sindicato desejava 40% para 2016, 45% para 2017 e 50% para um ano depois. Em Mato Grosso do Sul existem 4,6 mil agentes de saúde, dos quais 2,4 mil em Campo Grande.

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