Menina de 15 anos confessa que atirou em jovem, mas alega que foi acidente
Ela disse que achou revólver 38 no chão e foi brincar com a arma
Uma adolescente de 15 anos se apresentou na tarde desta quarta-feira à Polícia e disse que foi ela quem atirou em Paulo Henrique Fernandes Guimarães, 19 anos, no início da noite dessa terça-feira, no Jardim Presidente, em Campo Grande.
A garota contou que no último sábado estava em um baile no bairro Nova Lima, viu o revólver calibre 38 no chão, pegou e o levou para casa. Disse ainda que não pensou em entregar a arma à Polícia.
No início da noite dessa terça-feira, ela pegou o revólver e foi para casa de uma amiga localizada na rua Henrique Masse. No local havia várias pessoas tomando vinho, entre elas Paulo Henrique, o qual foi atingido por um tiro.
A menina declarou que foi ela quem atirou, acidentalmente. Segundo a jovem, ela pegou a arma “para brincar”, mas não sabia que estava carregada e então houve o disparo. “É uma culpa que eu vou carregar para o resto da vida”, diz.
Após o disparo, ela afirma que ficou nervosa, fugiu e na manhã desta quarta-feira telefonou para a mãe e então se apresentou no início da tarde.
Grave- Paulo Henrique foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para a Santa Casa, onde permanece em estado grave.
Ele passou por cirurgia e aguarda vaga para o CTI (Centro de Tratamento Intensivo). O estado dele é grave. O tiro atingiu a coluna cervical, próximo ao pescoço.
O local - Na casa onde aconteceu o crime mora uma jovem de 21 anos, a qual, segundo vizinhos, não é vista na residência há uma semana.
Os vizinhos contam que neste período, a adolescente, mais duas garotas e dois rapazes são vistos frequentemente no imóvel.
À noite, os rapazes chegam em uma motocicleta e fazem muito barulho durante a madrugada.
A residência é de alvenaria, inacabada e tem dois quartos. Nestes cômodos há dois colchões em cada. Pela casa há muitas roupas - femininas e masculinas - espalhadas e garrafas de vinho vazias.
No quintal há jogados preservativos usados e embalagens. Há também outros tipos de lixo.
Uma vizinha, que preferiu não se identificar, conta que já pediu várias vezes para a moradora limpar o quintal. Fala ainda que quando a jovem está em casa não há algazarra e a definiu como “gente boa”.