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Capital

Menino que levou arma para escola foi desafiado por colegas

Em depoimento, ele disse que contou aos amigos de escola que o pai tinha uma arma e foi desafiado a mostrar

Bruna Pasche | 08/11/2018 11:25
Caso aconteceu no Colégio Adventista, no bairro Jardim dos Estados. (Foto:Paulo Francis).
Caso aconteceu no Colégio Adventista, no bairro Jardim dos Estados. (Foto:Paulo Francis).

 O menino de 9 anos que se feriu com um tiro acidental depois de levar a arma do pai para a escola no dia 17 de outubro, disse aos psicólogos que foi desafiado pelos amigos a mostrar o artefato depois de contar que o pai possuía uma.

A criança prestou depoimento no último dia 25, e foi ouvido por uma equipe psicossocial da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Conforme o delegado responsável pelo caso, o titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Mário Donizete Ferraz de Queiroz, o relatório psicossocial revelou que o menino esperou o pai sair para pegar a arma.

“Ele relatou que contou aos colegas que o pai tinha uma arma, então foi desafiado a leva-la para a escola para comprovar que realmente tinha. Ele viu onde o pai guardava a chave do quarto, onde fica um escritório que o pai guardava a arma. Abriu a gaveta, pegou a arma e levou para escola, quando ela disparou acidentalmente”, disse o delegado.

Alguns professores já foram ouvidos pela delegacia e os pais devem prestar depoimento ainda esta semana. “Vamos ouvir primeiro a mãe e por último um pai”, concluiu Donizete. O inquérito deve ser concluído e encaminhado à Justiça na semana que vem.

O caso - O menino de 9 anos estuda no Colégio Adventista no Jardim dos Estados, região nobre de Campo Grande. Ele levou uma arma, do pai, que é perito médico legista da Polícia Civil, para a escola, na quarta-feira (17). A arma de calibre .40 disparou e a bala atingiu o pé do aluno. A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado) vai apurar se houve omissão do servidor.

A pistola foi levada pelo garoto para o colégio dentro de uma lancheira. Ao que tudo indica, o menino teria colocado a mão dentro da lancheira e disparado de lá mesmo. A bala atingiu a perna e o calcanhar esquerdo do garoto que chegou a ficar em observação na Santa Casa.

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