Menino que se feriu com arma do pai na escola presta depoimento
Delegado responsável pelo caso afirma que relatório de equipe psicossocial vai direcionar investigação
A criança de 9 anos que se feriu com uma arma de fogo após levar o artefato para o Colégio Adventista, no Jardim dos Estados, em Campo Grande, foi ouvido por uma equipe psicossocial da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). O depoimento, conforme a delegada Marilia de Brito Martins.
Responsável pelo caso, o titular da da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Mário Donizete Ferraz de Queiroz, afirma que nenhuma testemunha foi ouvida, mas que já houve intimações, incluindo professores. O depoimento da criança aos psicólogos, explicou, é essencial para conduzir a investigação.
“Porque ela [criança] vai dizer como teve acesso. A pena para os pais é de 6 meses a 1 ano. Estamos dependendo do relatório [psicossocial], a partir desse relatório vamos ouvir outras pessoas, principalmente aos pais”, comentou.
O caso - O menino de 9 anos estuda no Colégio Adventista no Jardim dos Estados, região nobre de Campo Grande. Ele levou uma arma, do pai, que é perito médico legista da Polícia Civil, para a escola, na quarta-feira (17). A arma de calibre .40 disparou e a bala atingiu o pé do aluno. A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado) vai apurar se houve omissão do servidor.
De acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, a pistola foi levada pelo garoto para o colégio dentro de uma lancheira. Ao que tudo indica, o menino teria colocado a mão dentro da lancheira e disparado de lá mesmo. A bala atingiu a perna e o calcanhar esquerdo do garoto que chegou a ficar em observação na Santa Casa.
