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Capital

Mesmo com desconto, caçamba fica 100% mais cara sem aterro público

As 70 empresas do setor conseguiram reduzir de R$ 120 para R$ 80 o preço de descarte de compartimento com quatro toneladas de entulho

Yarima Mecchi | 31/01/2017 10:35
Caçambeiros em fila no aterro sanitário. (Foto: André Bittar)
Caçambeiros em fila no aterro sanitário. (Foto: André Bittar)

O preço da caçamba de entulho que antes variava de R$ 100 a R$ 120 vai subir pelo menos 100% do valor. Com a interdição judicial do aterro, que ficava no Jardim Noroeste, os caçambeiros terão que usar uma empresa legalizada para fazer o descarte do material e o preço será repassado para o consumidor. Para minimizar o impacto no aumento do valor, os empresários do setor fizeram um acordo com a CGEA Ambiental e o preço final por caçamba a ser cobrado do cliente deve variar entre R$ 200 e R$ 250. 

Conforme apurado pelo Campo Grande News, as 70 empresas que fazem parte da Associação de Caçambas para Entulho de Campo Grande conseguiram reduzir de R$ 120 para R$ 80 o preço de descarte por caçamba com quatro toneladas de entulho.

O membro da comissão de negociação e empresário do setor, Francisco Pita, disse que eles realmente conseguiram um desconto, mas não quis informar o valor. "Com o desconto o preço do frete e do descarte que seria entre R$ 280 e R$ 300, será entre R$ 200 e R$ 250, depende de onde mora o cliente", relatou.

Ainda de acordo com Pita, no acordo a empresa se comprometeu em receber também o entulho volumoso, mas com algumas restrições. "Não vão receber eletrônicos e nem eletrodomésticos, latas de tinta ainda cheias, produtos de lava jato, produtor de oficina mecânica, telha de termite não pode também. Tudo que for químico não pode. Móveis só pode se tiver quebrado. O cliente tem que quebrar", destacou.

Entre as restrições também está o volume de entulho na caçamba, não é permitido ser transportada com excesso. "Não pode ter volume a cima da borda", explicou. Apenas os associados estão com autorização na empresa para transporta o entulho volumoso e tem direito ao desconto.

Espaço preparado para o descarte de entulho (Foto: CGEA/Divulgação)
Espaço preparado para o descarte de entulho (Foto: CGEA/Divulgação)

Os associados dizem que são descartadas em média 500 caçambas por dia e com isso pretendem diminuir ainda mais o preço cobrado pela CGEA Ambiental. Eles ressaltam que a empresa é a única que disponibiliza CTR (Controle de Trafego de Resíduo). "Se a Agetran parar, o motorista tem que mostrar o documento de transporte. Diminuíram o valor e depois vamos tentar mais um desconto", disse Pita.

Com relação a outra empresa que recebe entulho tipo A, ou seja, resto de material de construção, Progemix Resilix, os caçambeiros ainda vão conversar para um possível desconto no preço cobrado. "Eles só recebem entulho de material de construção e não tem capacidade para todo mundo. Cobram R$ 60 o descarte, mas vamos tentar um desconto", relatou Pita.

Aterro - Até o dia 15 de dezembro, restos de construção, de poda de árvores, móveis e equipamentos eletrônicos velhos e tudo que era descartado em caçambas ou em caminhões-baú podia ser levado para o depósito mantido pela prefeitura à beira da BR-163, no Jardim Noroeste. O local se transformou em um verdadeiro lixão e caos se instalou na cidade quando Justiça determinou a interdição.

O acordo com a empresa CGEA Ambiental é uma solução para o descarte de entulho após a interdição do aterro que funcionava. Com 4,2 mil caçambas cheias e espalhadas pela cidade, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) acordou com a CG Solurb, empresa responsável pela coleta e descarte de lixo de Campo Grande, que todas poderiam ter seu entulho jogado no aterro sanitário Dom Antônio Barbosa apenas um vez.

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