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Capital

Morador se revolta com focos de dengue em rua cheia de carros velhos

Aliny Mary Dias e Graziela Rezende | 29/12/2013 11:38
Carcaças ficam espalhadas em duas quadras da Rua (Foto: Marcos Ermínio)
Carcaças ficam espalhadas em duas quadras da Rua (Foto: Marcos Ermínio)

Em plena época de chuvas em Campo Grande, quando os alertas para a prevenção à proliferação do mosquito da dengue aumentam, uma rua do bairro Guanandi é um reservatório de água parada a céu aberto e põe em risco a saúde dos moradores.

As dezenas de carros que pertencem a um ferro velho e ficam espalhadas em duas quadras da Rua Jatobá revoltam quem vive no local. Se já não bastasse a falta de local para estacionar ou a imagem negativa deixada pelas carcaças, restos de lixo orgânico e recipientes que acumulam água tomam conta da rua.

Dentro dos veículos é possível encontrar frutas apodrecidas, cenário perfeito para a proliferação do mosquito flebótomo, transmissor da Leishmaniose, e locais com bastante água parada, um chamariz ao Aedes aegypti.

Diante da situação, o que sobra aos moradores são reclamações. A dona de casa Maria José Martins, 50 anos, conta que mora há 30 anos no bairro e desde que os carros foram colocados na rua o terreno dela desvalorizou bastante.

Maria reclama dos carros e diz que terreno desvalorizou (Foto: Marcos Ermínio)
Maria reclama dos carros e diz que terreno desvalorizou (Foto: Marcos Ermínio)
José se defende e afirma que carros ficam na rua temporariamente (Foto: Marcos Ermínio)
José se defende e afirma que carros ficam na rua temporariamente (Foto: Marcos Ermínio)

“Com tanta reclamação, o dono do ferro velho tirou os carros, mas logo em seguida colocou de volta”, dispara.
Entre os carros há de tudo, jipes, chevetes, relíquias e carros até com placas de Salvador, na Bahia. O dono do estabelecimento que ocupa dois terrenos da rua se defende dizendo que os carros ficam na rua temporariamente.

“Tenho bastante carro de freguês que fica aqui para trocar motor ou peça, depois saem. E a vigilância sanitária está constantemente aqui e a minha ficha é limpa”, afirma José Ferreira, de 65 anos.

Sobre o sucesso entre aqueles que buscam peças e as reclamações de vizinhos, José escolhe o lado daqueles que fizeram o negócio ser sucesso. “Eu comecei com uma funilaria e mecânica e quando vi já tinha o ferro velho. Eu sou referência, tem gente que vem de fora da cidade para comprar comigo. Sobre as reclamações, são vizinhos que não gostam de mim”, justifica.

Apesar de negar os problemas, José garantiu à reportagem que irá fazer uma limpeza no local e os carros que não puderem ser aproveitados irão ser encaminhados para a fundição.

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