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Capital

Moradores cobram abertura de Ceinf pronto há 4 meses

Viviane Oliveira | 10/09/2013 19:18
Moradores reunidos com a vereadora Carla Stefanini (PMDB) em frente do Ceinf. (Foto: Cleber Gellio)
Moradores reunidos com a vereadora Carla Stefanini (PMDB) em frente do Ceinf. (Foto: Cleber Gellio)

Dezenas de pais se reuniram em frente ao Ceinf (Centros de Educação Infantil) da Rua Takeshi Higuchi, no bairro Vida Nova III, em Campo Grande, na noite desta terça-feira para pedir a abertura da creche, que está pronta há 4 meses, mas ainda não foi inaugurada.

A pré-matrícula foi realizada no dia 27 e 28 de junho com a promessa de que as matriculas começariam em agosto, mas não aconteceu. Muitas mães reclamam que já perderam emprego porque não tem com quem deixar os filhos.

O oficial de manutenção Mustafá Alves da Silva, 39 anos, disse que não vê a hora da creche começar a funcionar, pois a esposa já perdeu vários empregos porque não tem condições de pagar alguém para cuidar do filho de 1 ano e 7 meses.

Mustafá conta que tem uma renda mensal de R$ 720 e ainda paga aluguel. Com a esposa trabalhando as despesas seriam repartidas entre os dois. “Ela já perdeu várias propostas de trabalho por falta de creche”, lamenta.

Para não deixar de trabalhar, a auxiliar de limpeza Rosilene Santos Rodrigues, 26 anos, paga R$ 250 para uma pessoa cuidar dos filhos, de 2 e 7 anos. “O mais velho já se vira, mas o de dois anos precisa ter alguém por perto o tempo todo”, diz.

Os moradores pediram ajuda para a vereadora Carla Stefanini (PMDB), que esteve no local conversando com as mães e prometeu levar o problema para ser discutido na Câmara Municipal. “Isso tem que ser resolvido, as crianças estão sendo privadas de um direito”, afirma, acrescentando que Campo Grande sofre um desgoverno.

Moradora do bairro Tarsila do Amaral, a dona de casa Daiane da Silva Gonçalves, 24 anos, mãe de quatro crianças, uma de 7, 4, 1 e de três meses, buscava alguma informação sobre a abertura do Ceinf.

Daiane vive com uma renda mensal do programa federal Bolsa Família no valor de R$ 222 e disse que depende da abertura da creche para poder trabalhar e buscar ter uma vida melhor. “Cuido sozinha das crianças, a minha sorte é que moro na casa da minha mãe e não pago aluguel”, diz.

Além disso, algumas crianças, por exemplo, tem a creche como prescrição médica. Com baixo peso, elas precisam da comida do Ceinf.

A situação é a mesma no residencial Oiti, lá o Ceinf com capacidade para atender 120 crianças na faixa etária de quatro meses a cinco anos, também, não foi inaugurado ainda. O motivo, segundo a Prefeitura, o município está providenciando a licitação para a compra dos móveis.

No mês de agosto, durante audiência publica na Câmara Municipal, foi divulgado que a lista de espera por creches tem 6.843 crianças. Em Campo Grande, os Ceinfs podem até ser abertos nas férias. Medida que nunca saiu do papel.

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