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Capital

Moradores ficam assustados com "passarela dos assaltos" na Capital

Filipe Prado | 12/01/2014 08:46
O mato alto e a falta de iluminação são algumas reclamações dos moradores (Foto: Cleber Gellio)
O mato alto e a falta de iluminação são algumas reclamações dos moradores (Foto: Cleber Gellio)

O número crescente de assaltos e de usuários de drogas está deixando os moradores da Vila Planalto com medo. Eles relatam que o ponto de maior risco hoje é a passarela que dá acesso a Orla Morena, local onde seria construído o Centro de Belas Artes. Segundo os vizinhos, há muitos usuários de drogas, que podem ser a causa do aumento da violência na região.

O técnico de sistemas de segurança, Fernando Augusto Corrêa da Cruz, 23 anos, conta que na semana passada a avó dele foi assaltada. “Eles assaltaram ela às 7h da manhã e deram três furos no braço dela, com um estilete”.

Ele afirma que o local é frequentado por vários usuários de droga. “Muitos usuários ficam aqui, principalmente onde seria o terminal do trem. No final de semana e a noite é quando há mais perigo no local”, comenta o técnico.

Hoje, os moradores temem andar pela passarela. Ilza Izume, 46, diz que prefere fazer o caminho mais longo. “Eu parei de passar ali, muita gente parou, nós preferimos dar a volta, com medo dos assaltos”, comenta.

O local tem estrutura para que os moradores façam a travessia, mas o mato alto é um agravante. “Depois de agosto de 2013, nunca mais carpiram. Meu marido passou veneno aqui, para ficar mais seguro”, comenta Fátima Aparecida Campos da Silva, 58.

Cristiano Antônio da Silva, 39, afirma que os moradores do bairro não sabem se quem anda pela passarela é bandido ou morador. “O local é legal, muita gente fica ali para tomar tereré, mas acaba misturando tudo. Quando passa uma pessoa aqui, ninguém sabe qual é a índole dela”, relata.

O marido de Fátima, Ramão Rodrigues da Silva, 59, conta que alguns assaltantes ficam escondidos esperando a hora de atacar. “Algumas pessoas ficam escondidas em cima das árvores ou dentro das guaritas que tem no local, para pegar quem passar por ali desprevenido”, conta.

Ele explica que, para segurança da esposa, precisa levá-la todos os dias ao trabalho. “Ela trabalha no bairro Cabreúva e eu vou com ela sempre, para que ela chegue em segurança”, relata Ramão.

Ilza sugere que as obras no local sejam finalizadas, para que eles possam voltar frequentar o local. “Faz cerca de 3 anos que falam que vão terminar aqui. Eu tenho esperanças que terminem logo”, comenta.

A passarela diminui o tempo até Orla Morena, mas moradores preferem fazer o caminho maior (Foto: Cleber Gellio)
A passarela diminui o tempo até Orla Morena, mas moradores preferem fazer o caminho maior (Foto: Cleber Gellio)
Ramão leva a esposa todos os dias para o trabalho, com medo dos assaltos (Foto: Cleber Gellio)
Ramão leva a esposa todos os dias para o trabalho, com medo dos assaltos (Foto: Cleber Gellio)
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