Morto em troca de tiros com a PM era investigado por duas execuções na Capital

Luiz Otávio Oliveira de Souza, 23 anos, conhecido como “Tavinho do Caiobá”, morto na tarde desta segunda-feira (29) após trocar tiros com policiais do Batalhão de Choque era investigado por suspeita de envolvimento em dois homicídios, um no Portal Caiobá e outro no Jardim Aero Rancho, na Capital.

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O caso mais recente ocorreu na madrugada de 30 de novembro deste ano, quando Marcelo, conhecido como “Mangote”, foi morto a tiros na Rua Cachoeira do Campo, no Bairro Portal Caiobá.

Conforme informações iniciais apuradas na época, dois homens passaram de motocicleta e já atiravam em direção ao local onde a vítima estava, por volta das 5h. Marcelo foi atingido e testemunhas acionaram o Corpo de Bombeiros. Os socorristas tentaram reanimá-lo, mas ele morreu ainda no local.

A área foi isolada e equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Perícia foram acionadas. Um amigo da vítima, que pediu para não ser identificado, afirmou ao Campo Grande News que o grupo estava bebendo no Aero Rancho e decidiu ir para o Portal Caiobá, onde moravam, mas Marcelo teria seguido na frente.

Depois, enquanto os amigos pararam em outra conveniência, veio a notícia de que ele havia sido morto. O amigo relatou que tentou levantar a vítima, mas foi impedido por pessoas que estavam no local, e afirmou que moradores teriam apontado à polícia quem seriam os responsáveis.

Execução filmada e perseguição - O outro homicídio no qual Luiz Otávio era apontado como suspeito ocorreu em 29 de março de 2024, quando Patrick Arruda Rodrigues, 19 anos, foi executado a tiros por dois homens em uma motocicleta no Bairro Aero Rancho. Câmera de segurança de uma residência na Rua José Gilberto Abuassan registrou o momento do crime.

O vídeo, com pouco mais de um minuto, mostra a perseguição. Patrick sai da Rua Plínio Mendes dos Santos e vira na José Gilberto Abuassan, tentando se esconder atrás de um carro vermelho estacionado. Uma mulher empurrando carrinho de bebê aparece no local e presencia a sequência.

Em seguida, a dupla encontra Patrick. Ele se levanta e aponta uma arma na direção dos suspeitos. O passageiro da moto desce e efetua o primeiro disparo, fazendo o jovem cair na calçada. Depois, os autores se aproximam e o agridem com socos e chutes. Na sequência, o mesmo homem faz novos disparos antes de os dois fugirem na motocicleta.

Na ocasião, testemunhas relataram à polícia que Patrick estava na rua quando foi abordado pela dupla em uma motocicleta vermelha. Segundo esses relatos, houve conversa e, logo depois, a vítima foi atingida.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, assim como a Polícia Militar, Polícia Civil e perícia. Informações da perícia indicaram perfurações no abdômen, mão e pescoço.

Troca de tiros na Duque de Caxias - Luiz Otávio morreu após a abordagem policial na Avenida Duque de Caxias, na entrada do Núcleo Industrial Indubrasil, em Campo Grande. De acordo com a versão apresentada pela polícia, a equipe fazia patrulhamento tático quando avistou o suspeito em uma motocicleta. Ao perceber os policiais, ele teria demonstrado nervosismo. Durante checagem, foi constatado que a placa não correspondia ao modelo do veículo, o que motivou a tentativa de abordagem.

Ainda segundo a polícia, ele não obedeceu à ordem de parada inicialmente. Quando parou, desceu da moto, sacou um revólver e apontou para a equipe. Um policial atirou e Luiz Otávio foi atingido. Na sequência, os agentes fizeram o desarme.

No local ficaram uma Honda CG Titan N verde, apontada como usada por ele, e o revólver apreendido. Também foi encontrada uma mochila preta na vegetação às margens da pista. Dentro dela, a perícia apreendeu dois pacotes de maconha. A motocicleta estava com placa adulterada, com indicação preliminar de registro em Campo Grande.

Durante o trabalho pericial, a pista no sentido Indubrasil foi parcialmente interditada.

Luiz Otávio foi socorrido e levado pelos próprios policiais para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, mas não resistiu. O corpo foi recolhido por equipe funerária e será encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). A polícia afirmou que ele tinha passagens por homicídio, tráfico de drogas e roubo à mão armada.

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