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Capital

Motociclista executado no Caiçara pode ter morrido por engano

Parente da vítima tinha dívidas e teria sido ameaçado dias antes do homicídio

Clayton Neves e Geisy Garnes | 21/02/2020 16:38
Vítima chegou a pedir para que criminosos não atirassem, mas foi baleado pelo menos sete vezes. (Foto: Henrique Kawaminami)
Vítima chegou a pedir para que criminosos não atirassem, mas foi baleado pelo menos sete vezes. (Foto: Henrique Kawaminami)

Executado na manhã do dia 24 de janeiro com pelo menos sete tiros de pistola, Wellington Vicente da Silva, de 31 anos, pode ter morrido por engano ao ser confundido com o cunhado que estava endividado. O crime aconteceu no Bairro Caiçara, em Campo Grande, depois de a moto da vítima ser fechada por veículo Honda Civic ocupado por dupla de atiradores.

De acordo com informações do delegado Bruno Urban, que investiga o caso, recentemente a polícia recebeu informação de que um parente de Wellington tinha dívidas e teria sido ameaçado dias antes da execução. “Os dois eram fisicamente parecidos, tinha motos semelhantes e moravam na mesma região. Agora, nossa principal linha de investigação é que ele morreu por engano”, explica.

Na mesma semana do crime, investigadores identificaram a placa do Honda Civic onde estavam os autores. Descobriu-se então, que o automóvel usado no crime pertencia a uma moradora de Cuiabá, vítima de golpe aplicado pelo ex-genro. “Ela precisava de dinheiro por causa de um problema de saúde, ele disse que compraria para ajudar e chegou a dar R$ 1 mil de entrada”, explica o delegado.

Depois de pegar o carro da sogra, o suspeito fugiu sem repassar o restante do valor combinado e nunca mais foi visto. “Monitoramos o veículo e identificamos que ele foi visto em Mato Grosso do Sul passando pela BR-163”, disse. O estelionatário já foi identificado e a identidade não foi divulgada pela polícia.

Vigia constante - Em depoimento, moradores contaram que notaram a presença do Civic durante toda a semana que antecedeu o crime. Segundo eles, em um dia o carro chegou a ficar um dia inteiro parado em frente a casa da vítima.

Durante a investigação, levantou-se a possibilidade de que o homicídio pudesse ter motivação passional ou desacerto por dívida de trabalho, mas as hipóteses foram descartadas.

O caso - O crime ocorreu por volta das 7h30. Wellington seguia pela Rua Pedro Álvares Cabral em uma motocicleta Suzuki, quando um veículo Honda Civic, ocupado por dois homens, se aproximou.

O passageiro colocou a mão para fora do carro e disparou. De acordo com testemunhas, a vítima ainda pediu para que o homem não atirasse, mas acabou atingido por pelo menos quatro disparos.

Wellington chegou a tirar o capacete e andou por cerca de 30 metros, mas caiu no cruzamento com a Rua Bauru. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas o motociclista não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

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