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Capital

Motorista de Uber é assaltado e mantido refém por quase 24 horas

A vítima foi deixada em um matagal na beira da rodovia BR-060, na saída de Campo Grande

Geisy Garnes | 13/06/2018 09:25

Um motorista do aplicativo Uber foi feito refém por quase 24 horas depois de ser assaltado em uma corrida na madrugada de terça-feira (12), em Campo Grande. A vítima de 37 anos, foi rendida por falsos passageiros e sob a mira de uma arma, forçada a ficar em um matagal a beira da BR-060 durante todo o dia, até ser liberada na madrugada desta quarta-feira (13).

Nesta madrugada, a vítima procurou a polícia e narrou que conduzia um Volkswagen Voyage branco pela Avenida Ernesto Geisel, quando foi abordado por uma mulher. Ele contou que ao ver o celular no painel do veículo, a suspeita se aproximou, perguntou se ele era Uber e o preço da viagem até o Jardim Pênfigo.

Ao saber do preço, a mulher pediu para o motorista levar ela e outros dois homens até o local. Os passageiros embarcaram, e duas quadras depois, um dos suspeitos sacou a arma, encostou nas costas do motorista e anunciou o assalto.

Obrigado a parar o carro, o homem foi colocado dentro do porta-malas pelos bandidos. Segundo ele, foram cerca de 40 minutos rodando pela cidade, até o trio parar novamente.

Depois de 10 a 15 minutos no local, os suspeitos mandaram a vítima sair do porta-malas. Dois dos envolvidos - a mulher e um dos homens - fugiram com o Voyage, enquanto o suspeito armado permaneceu com a vítima.

Para a polícia, o motorista contou que foi “amarrado e jogado no mato” e que a todo momento ficou sob a mira do revólver. Ele narrou que o suspeito saía e voltava a todo momento, que foi agredido com socos e chutes durante o tempo que foi mantido refém. Ali, ele viu o dia amanhecer e permaneceu sem comida ou água por todo o dia.

Já de noite, a vítima viu o assaltante sair novamente, mas dessa vez demorando para voltar. Foi nesse tempo que ele deixou o “cativeiro” e andou por vários metros, até ouvir barulho de carros na rodovia. Pouco depois, o motorista se deparou com barracos e pediu ajuda de moradores.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, por volta da meia-noite, a mulher da vítima recebeu a ligação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), avisando sobre o caso. Em depoimento, ela contou que dirigiu por 20 quilômetros pela BR-060, até encontrar o marido com um grupo de moradores do assentamento.

O caso foi registrado da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga como roubo majorado pela restrição de liberdade de vítima, e pelo concurso de pessoas e será investigado pela Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).

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