ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Motorista era fã de velocidade. Irmão suspeita que ele participou de racha

Gabriel Neris e Helton Verão | 01/04/2013 19:10
Marcus foi velado e enterrado nesta segunda-feira em Campo Grande (Foto: Helton Verão)
Marcus foi velado e enterrado nesta segunda-feira em Campo Grande (Foto: Helton Verão)

Marcus Vinicius de Abreu, 22 anos, estava participando de um racha com o veículo C3 na avenida Duque de Caxias, na noite de ontem, no sentido centro-aeroporto. A opinião é do irmão do motorista, Lucas Henrique de Abreu, de 18 anos, que falou sobre o acidente ao Campo Grande News nesta segunda-feira

Marcus conduzia o Polo quando o veículo se chocou contra um poste. O rapaz chegou a ser socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele era piloto de teste, apaixonado por velocidade e participou de arrancadas no autódromo da Capital.

“Conhecendo meu irmão, eu acho que estava (fazendo racha), porque ele não gostava de perder disputa”, contou Lucas.

No veículo também estava à namorada de Marcus. Letícia Souza Santos, de 23 anos, sofreu ferimentos graves e permanece internada. Lucas contou que ao chegar no local do acidente, na avenida Duque de Caxias, encontrou o irmão sendo socorrido ainda consciente, contrariando versão do Corpo de Bombeiros.

Marcus estava com parte da mão decepada e com lesões na perna. Lucas diz que o irmão ainda sorriu ao vê-lo.

Rayan Douglas Wehner Vieira, de 20 anos, condutor do Citron C3, foi preso em flagrante e indiciado por pelo crime de homicídio doloso na direção de veículo automotor, embriaguez ao volante, lesão corporal e por participar de competição não autorizada.

Despedida - Marcus morava com quatro irmãos no bairro Santo Antônio. Eles passaram o domingo juntos. “Era a hora dele, tinha que ser”, disse Lucas.

O domingo foi de brincadeira entre os irmãos, como se alguém previsse que seria uma despedida. Marcus ainda convidou Lucas para ir ao shopping, mas o irmão preferiu ficar em casa. Ele trabalha com o padrasto numa empresa de segurança.

Marcus Vinicius era piloto de testes e corria em rallys pelo Brasil. “Sempre foi fissurado por velocidade”, diz o irmão. Lucas conta que o piloto participou diversas vezes de competições de arrancadas no autódromo da Capital, e inclusive participou como passageiro do irmão.

A paixão por velocidade surgiu ainda na adolescência quando chegou ao kart. Marcos foi aprovado para ser piloto de teste da categoria Audi e que sobrevivia desta maneira. O gosto pela corrida também era compartilhada pelo irmão, mas depois da tragédia Lucas diz que “não quer mais saber de velocidade”.

Nos siga no Google Notícias