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Capital

MPE investiga irregularidades na antiga gestão do Instituto Mirim

Ricardo Campos Jr. | 21/07/2015 19:23

O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar irregularidades cometidas pela antiga gestão do Instituto Mirim de Campo Grande. Depois de muita polêmica, a primeira dama Andréia Olarte conseguiu assumir a presidência da entidade com o desafio de reestruturar o local, que oferece cursos e encaminha jovens estudantes ao mercado de trabalho.

Conforme relatório encaminhado ao Campo Grande News, a diretoria anterior tinha gastos excessivos e desnecessários, como pagamentos de R$ 60 mil a buffetts. O enxugamento das despesas, conforme a atual diretoria, gerou economia de R$ 150 mil por mês.

Uma das medidas adotadas, por exemplo, foi realizar as compras de mantimentos diretamente de atacadistas e utilizar o serviço das cozinheiras do próprio instituto no preparo das refeições.

Para garantir a transparência, ainda conforme o relatório da entidade, começaram a ser elaborados relatórios mensais das contas, o que não estava sendo realizado pela gestão passada, comprometendo a assinatura de convênios com órgãos públicos.

A diretoria atual ainda afirma que os antigos gestores deixaram uma dívida aos atuais administradores, mas não informam o valor.

O promotor da infância e juventude Sérgio Harfouche, que acompanhou a emblemática troca de presidentes, desconhece a pendência, pois conseguiu fazer com que a prefeitura depositasse R$ 900 mil de repasse que estavam bloqueados desde que os antigos dirigentes estavam impedindo a gestão de Gilmar Olarte (PP) de assumir o controle da entidade.

Problemas - Desde 2009, o instituto virou ONG (Organização Não Governamental), que recebe recursos públicos de vários órgãos, entre eles, a prefeitura. O documento venceu no dia 21 de novembro.

Na tentativa de retomar o controle da entidade, a prefeitura fez pressão condicionando a liberação de recursos e a renovação à mudança na estrutura. O prefeito chegou a exigir que os diretores que assumiram na gestão do prefeito cassado Alcides Bernal (PP) pedissem demissão.

No final de fevereiro, o instituto rejeitou 35 dos 58 nomes sugeridos pelo prefeito para integrar a associação que mantém a entidade. Foram alegadas pendências documentais para a recusa.

A diretoria não cedeu e recorreu à Justiça para renovar o contrato com o município, alegando interesse público da população da Capital. Segundo a prefeitura, o IMCG não tem prestava contas do dinheiro investido.

O MPE (Ministério Público Estadual) interveio e os envolvidos firmaram um acordo em que a diretoria do Instituto se comprometeu a realizar a prestação de contas inclusive modificando o estatuto. Em contrapartida, a prefeitura poderia indicar ilimitadamente pessoas para se associarem ao instituto.

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