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Capital

MPE investiga mudança em prédio tombado como patrimônio no Centro

Alan Diógenes | 06/11/2014 19:27
Segundo MPE, revestimento metálico inserido no prédio não corresponde às características originais da construção. (Foto: Alcides Neto)
Segundo MPE, revestimento metálico inserido no prédio não corresponde às características originais da construção. (Foto: Alcides Neto)

O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito civil para apurar eventual prejuízo ao patrimônio histórico e cultural de Campo Grande, em face de reformas realizadas no antigo Edifício Nakao, localizado na Rua 14 de Julho com a Dom Aquino. Segundo o órgão, a fachada do prédio vem sendo descaracterizada pela inserção de revestimento metálico que cobre o friso ornamental peculiar do estilo de construção da época em que ele foi construído.

Atualmente uma loja de roupas e calçados funciona no térreo do prédio. Segundo o dono da empresa, que locou o espaço, um acordo foi feito com o proprietário do prédio para que melhorias fossem feitas no local. “Eu estive reunido com o proprietário do edifício e ele concordou em fazer a reforma, até por que nunca recebemos nenhuma notificação do tombamento histórico do lugar”, explicou Ronaldo de Souza.

Segundo o dono da loja, além do acordo com o proprietário do edifício, um termo de compromisso com a Prefeitura Municipal da Capital foi firmado para que as obras fossem realizadas. “A reforma foi feita de forma legalizada. Além do que, nós não mexemos nas características originais do prédio. Apenas o reformamos”, comentou Ronaldo.

O Instituto Municipal de Planejamento Urbano já havia assinado no dia 18 de julho deste ano um termo com o proprietário do edifício, para que ele entrasse na regularidade, se comprometendo a repor os vidros da parte externa do prédio no prazo de 60 dias, a contar da data da assinatura daquele documento. A decisão foi tomada por que alterações foram constatadas no edifício. Muitas delas efetuadas de forma irregular, sem permissão do poder público.

As medidas exigidas se referiam à recuperação da fachada da entrada social do edifício, reconfiguração das aberturas das janelas, atualmente fechadas com alvenaria no segundo pavimento, recuperação devidros do terceiro pavimento e da entrada social, além de mudanças na instalação elétrica, que apresentava risco ao imóvel e aos ocupantes. A decisão havia sido publicada no Diogrande (Diário Oficial do Município) e o proprietário tinha 120 dias para obedecer a decisão.

O Campo Grande News entrou em contato com a Seintrha (Secretaria Municipal Infraestrutura, Transporte e Habitação) para saber sobre a situação atual do edifício, mas não conseguimos contato na noite desta quinta-feira (6). Também não foi possível encontrar o proprietário do imóvel.

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