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Capital

MPE ouve delegado sobre regalias concedidas a PM no presídio

Vivianne Nunes | 14/04/2011 08:32

O Ministério Público Estadual irá ouvir nesta quinta-feira (14) o delegado de Polícia Civil Fábio Peró, que denunciou regalias concedidas pelo presídio militar de Campo Grande ao soldado da Polícia Militar Rodrigo Rocha Belini, preso acusado de praticar assaltos na Capital. Segundo relato do próprio delegado, Belini foi levado até a Derf (Delegacia de Roubos e Furtos) onde seria ouvido novamente. Em uma das celas ele teria chamado o delegado e reclamado do calor. “Ele me disse que estava muito quente na cela e eu o questionei se lá no presídio não era quente também. Foi aí que ele me disse que não, que lá ele podia circular pelos corredores”, afirmou o delegado.

Diante das informações do preso, ele o levou até sua sala e começaram uma conversa em que Belini afirma ter tido acesso a ligações telefônicas e uso da internet ainda quando no presídio. Na ocasião, a polícia havia divulgado as cenas em que Belini aparece fardado e praticando um assalto em um supermercado no bairro Anahy. Ele nega o crime. Estava de capacete e não foi possível reconhece-lo, mas testemunhas estiveram na delegacia e reconheceram a voz do acusado, que chegou a simular uma abordagem criminosa.

Belini é acusado de assaltar também, uma loja de eletrônicos na Avenida Albert Sabin e de tentar extorquir dinheiro de uma boate. Neste segundo momento, ele teria se apresentado como policial militar e tentado tirar dinheiro do local através de chantagem, afirmando que haviam menores na Casa. Por não ter encontrado motivos para consumar a extorsão, armado, ele anunciou o assalto e promoveu um verdadeiro ‘limpa’ no estabelecimento, levando pertences de clientes e dinheiro do caixa.

Logo após as afirmações feitas sobre as regalias que recebia dentro do presídio, o soldado voltou para a cela e o delegado realizou a denúncia imediata ao Ministério Público e a corregedoria da Polícia Militar.

No último dia 04 a defesa de Belini tentou revogar o pedido de prisão preventiva, mas a justiça indeferiu o pedido no último dia 11.

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