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Capital

Municípios confirmam ajuda para cobrir déficit do Hospital Nosso Lar

Mariana Lopes | 20/04/2012 17:10

Exceto Três Lagoas, todas as prefeituras aceitaram participar do rateio de R$ 131 mil

Reunião em que foi decidida "vaquinha" para ajudar o hospital Nosso Lar. (Foto: Minamar Junior)
Reunião em que foi decidida "vaquinha" para ajudar o hospital Nosso Lar. (Foto: Minamar Junior)

Em reunião da Secretaria Estadual de Saúde (SES), realizada na tarde desta sexta-feira (20), 77 municípios de Mato Grosso do Sul confirmaram a participação no rateio para cobrir o déficit mensal do Hospital Psiquiátrico Nosso Lar, em Campo Grande, que atualmente está em R$ 131 mil.

O Estado repassará ao hospital R$ 83 mil e a Prefeitura de Campo Grande R$ 31 mil. Os R$ 17 mil que faltam para cobrir o déficit serão divididos entre as demais prefeituras.

O único município que negou participação foi Três Lagoas. Segundo o presidente do Cosems/MS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado), Frederico Marcondes Neto, o Município alegou não utilizar os serviços do Nosso Lar, já que os pacientes psiquiátricos do município são encaminhados ao hospital Idalina Dias, em Paranaíba.

Frederico explica que em Mato Grosso do Sul os únicos hospitais com estrutura para atender pacientes com problemas psiquiátricos e dependentes químicos são o Nosso Lar e o Idalina Dias. “Os hospitais das outras cidades não conseguem manter os pacientes em surto, não há preparo médico para isso, então não podemos permitir que os leitos desses hospitais fechem”, pontua.

Leitos – De acordo com o diretor administrativo do Nosso Lar, Silvio Pereira de Moura, atualmente há 160 leitos no hospital, sendo que 46 deles são para atender dependentes químicos.

Ele conta que a média de tempo de internação para dependentes químicos é de 15 a 30 dias, em casos extremos podem chega a 90, e os pacientes com problemas de saúde mental a média é de 30 dias. “Mas temos casos de pacientes que estão aqui há três anos, que foram abandonados pela família”, lamenta.

Déficit-O diretor administrativo do hospital explica que o déficit acumulou por conta do valor defasado que o SUS paga por paciente internado. Segundo ele, a diária é de R$ 43,73, estipulado em 2009.

“Esse valor não foi atualizado, hoje deveria ser pago a diária de R$ 70 por pacientes”, observa. Silvio pontua que esse dinheiro é repassado para gastos com medicação, refeição, laboratórios e equipe de profissionais.

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