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Capital

"Não falou nada, só atirou", diz pedreiro, vítima de tiros disparados por genro

Além dele, o filho, de 23 anos, foi atingido com tiro, atentado que nasceu de "briga de bobeira de irmãos"

Silvia Frias | 04/08/2021 12:02
"Não falou nada, só atirou", diz pedreiro, vítima de tiros disparados por genro
Pelo chão, o rastro de sangue deixado pelas vítimas de atentado. (Foto/Reprodução)

O pedreiro de 48 anos, residente no Bairro Nossa Senhora das Graças, tinha acabado de chegar em casa depois de dia de trabalho quando ouviu o genro, de 28 anos, gritando no portão. Saiu para ver o que estava acontecendo e foi surpreendido. “Não falou nada, só sacou a arma e atirou em mim”, disse.

O homem, que terá identidade preservada, está em casa, após ter sido liberado do hospital. Ele levou tiro que atravessou a perna esquerda, mas sem dano grave. Além dele, o filho, de 23 anos, foi ferido com tiro no peito e a esposa, com disparo de raspão na barriga.

O atentado aconteceu ontem à tarde, por volta das 17h30, na casa da família. O relato dado à Polícia Civil é que os tiros foram disparados pelo genro do pedreiro, que está registrado como suspeito no boletim de ocorrência e ainda não foi localizado.

O pedreiro contou que voltou do trabalho e estava ajudando a esposa a montar armário. Ouviu quando o homem chegou e abriu o portão da casa, gritando pelo filho da vítima.

“Eu saí para tirar satisfação, mas ele não falou nada só sacou a arma e atirou em mim”, disse. “Aí caí no chão e não tenho muita lembrança”, disse. A mesma bala, após atravessar a perna dele, ricocheteou e pegou de raspão a esposa, sem gravidade.

Com base no relato da esposa, ficou sabendo que o homem, ainda do portão, mirou e atingiu o rapaz, que estava no quintal. A bala atravessou o lado esquerdo do peito do rapaz, que permanece internado, estável e consciente.

Em relato feito ao Campo Grande News, o filho do pedreiro, disse que tudo começou por conta de “briga de bobeira entre irmãos”, envolvendo a rapaz ferido e a irmã, casada com suspeito.

Segundo esta testemunha, o casal, entre indas e vindas, está junto há dois anos, mas estava separado recentemente. Eles têm filha de pouco mais de um ano.

O pedreiro disse que não teve contato com a filha depois do ocorrido. “Essa história começou de fuxico de briga de irmãos”, lamentou.

Segundo relato dos familiares, o homem já teve outras desavenças com o sogro e o cunhado e que, depois do atentando, ainda saiu dizendo que voltaria para “matar todo mundo”. O pedreiro diz que não tem medo. “Eu acho que aqui ele não volta, a polícia está atrás dele”.

Na casa dele, no Bairro Santa Luzia, a Polícia Civil encontrou quatro coldres e garrucha 32. A família diz que ele ainda tem chácara e pode estar escondido no imóvel. O caso foi registrado como tentativa de homicídio.

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