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Capital

No posto de saúde da Vila Fernanda, falta de médicos é recorrente

Em março, pacientes já haviam relatado falta de médicos na unidade, problema que se repete e prejudica atendimento

Silvia Frias e Liniker Ribeiro | 29/04/2019 17:37
Viviane levou o filho para atendimento pediátrico, não encontrou médico: saída será levá-lo ao posto 24 horas (Foto: Liniker Ribeiro)
Viviane levou o filho para atendimento pediátrico, não encontrou médico: saída será levá-lo ao posto 24 horas (Foto: Liniker Ribeiro)

A falta de médicos na UBSF (Unidade Básica de Saúde Familiar) Maria Ivone de Oliveira Nascimento Arakaki, no Portal Caioba II, tornou-se recorrente, conforme denúncia de pacientes que procuraram a unidade e ficaram sem atendimento.

A orientação da prefeitura é sempre procurar uma unidade básica e evitar a lotação dos postos 24 horas, porém, pacientes reclamam da falta de profissionais nessas UBSF´s. Hoje, não tinha médico na Vila Fernanda.

No dia 18 de março, o Campo Grande News mostrou a situação da unidade, conhecida como UBSF Vila Fernanda que funciona das 7h às 19h. O posto atende comunidade de 14 mil pessoas, moradores da vila, Portal Caiobá I, II e o Residencial Celina Jallad.

O problema se repete: na teoria, a unidade deveria ter três médicos em cada uma das equipes, que contam, ainda, com enfermeiros e dentista). Desde que uma médica pediu exoneração após ser agredida por paciente, essa vaga não foi preenchida.

No caso das outras duas equipes, o desfalque continua: um está de atestado médico e o outro não trabalhou hoje.

Romário levou filhos para vacinação (Foto: Liniker Ribeiro)
Romário levou filhos para vacinação (Foto: Liniker Ribeiro)

Os efeitos são sentidos pela população: a dona de casa Viviane Cristina Nowaki, 38 anos, levou o filho que está com tosse. “A gente mora no Celina Jallad, mas não consegue atendimento”. Ela disse que a situação piorou muito desde que a médica saiu e a equipe não foi recomposta.

“Se ele piorar, não vai ter jeito, vou ter que ir atrás do posto 24 horas que, além de ser mais longe, é difícil de ser atendido”.

O motorista de aplicativo Romário Petterson de Souza Nunes, 28 anos, levou os filhos para vacinação contra gripe, mas não chegou depois do horário desse atendimento, que acaba às 17h. Ele foi orientado a voltar amanhã. “É comum não ter médico, eu sempre pego passageiro aqui que tem ir para outro posto para tentar atendimento”.

A reportagem apurou que logo após a saída da médica agredida, outra foi convocada, porém, pediu exoneração pouco tempo depois. Dos dois que sobraram, integrantes do programa Mais Médicos, um está de atestado médico até semana que vem e o outro tem folga programada hoje para o curso de especialização.

A informação repassada é que já foi solicitada a reposição do quadro das três equipes. Segundo assessoria da prefeitura, a unidade está atendendo com dois médicos e há deficit em apenas uma das equipes. Todos os pacientes da área descoberta estão sendo absorvidos, e não haveria prejuízo na assistência. Neste mês, de acordo com assessoria, mais de 60 médicos foram convocados e os que aderiram ao serviço estão sendo alocados nas unidades onde há necessidade.

Na unidade, desfalque da equipe é recorrente, prejudicando atendimento (Foto: Liniker Ribeiro)
Na unidade, desfalque da equipe é recorrente, prejudicando atendimento (Foto: Liniker Ribeiro)
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