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Cidades

No último júri, réu por mandar matar advogado diz que era perseguido

O processo ocorre na Capital por se tratar de crime de pistolagem em cidade pequena, para que não ocorra intimidação dos jurados

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 26/04/2018 10:42
Osvaldo José prestou depoimento no último júri sobre a execução do advogado Nivaldo (Foto: Saul Schramm)
Osvaldo José prestou depoimento no último júri sobre a execução do advogado Nivaldo (Foto: Saul Schramm)

Durante julgamento no Tribunal do Júri nesta quinta-feira (26) em Campo Grande, o pecuarista Oswaldo José de Almeida Junior, de 59 anos, réu por mandar matar Nivaldo Nogueira de Souza há 9 anos, disse que era perseguido pela vítima.

O crime aconteceu no dia 23 de março de 2009 no município de Costa Rica. Na época, o crime aconteceu por desavença na compra de uma fazenda envolvendo a vítima.

O primeiro julgamento do caso foi anulado, com isso foram designados novos júris. Ao todo, são sete envolvidos, porém um deles faleceu, e outro não houve recurso, sendo que sua pena já transitou em julgado, assim foram realizados até o momento dois novos júris onde quatro acusados passaram por julgamento novamente. O processo ocorre na Capital por se tratar de crime de pistolagem em cidade pequena, para que não ocorra intimidação dos jurados.

Até agora, quatro já foram julgado. Edoildo Ramos foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão. Jair Roberto Cardoso, 33 anos, Francisco Pereira Feitosa, 37 anos, e David da Silva Roseno, 35 anos, foram inocentados pelos jurados.

A dupla, Edoildo e Jair, foi apontada pelo MPE (Ministério Público Estadual) como articuladora do crime. Segundo a denúncia, foram os dois que contrataram Michel Leandro dos Reis, autor dos disparos que mataram o advogado. Michel já havia sido julgado e está preso. 

Segundo Oswaldo, Jair, com quem tinha contato diariamente, foi o responsável por contratar os pistoleiros. Ele pagou R$ 40 mil para que o crime fosse executado. “Nilvaldo me perseguia. Foi aí que Jair sugeriu que eu tomasse providência”, disse o réu.

Caso - Conforme a denúncia, no dia do ocorrido, por volta das 18h, David, pilotando uma motocicleta, teria levado Michel Leandro dos Reis até a “Lanchonete Cantinho Meu”, no centro de Costa Rica, onde o advogado estava. Eles teriam ficado de tocaia na esquina.

Na sequência, Francisco teria passado de carro e avisado que a vítima estava no bar. O condutor da moto, então, subiu com o veículo na calçada em frente ao estabelecimento e o passageiro, Michel sacou a arma e atirou no advogado. Após o crime, os dois fugiram e duas quadras depois Michel entrou no carro e seguiu a fuga.

Ainda de acordo com a acusação, Wilian Inácio Rodrigues, 41 anos, teve participação moral e material, pois teria apresentado Michel como o matador do advogado. Willian morreu afogado. Além disso, Jair Roberto Cardoso também foi acusado de ser um dos intermediários do crime.

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