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Capital

Nos Ceinfs, volta às aulas tem “vaquinha” para merenda e queixas

Aline dos Santos e Paula Maciulevicius | 06/02/2013 10:29
Gildinéia chega ao Ceinf com a filha e uma preocupação: falta de merenda. (Foto: Luciano muta)
Gildinéia chega ao Ceinf com a filha e uma preocupação: falta de merenda. (Foto: Luciano muta)

“Vaquinha” para comprar merenda, preocupação dos pais e abaixo-assinado para evitar demissão de diretor marcam o retorno dos pequenos alunos aos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) de Campo Grande. Na creche do Jardim Imá, na rua Jaguaribe, os funcionários compraram a merenda. A informação é de uma servidora, que não quis se identificar.

Cortado no fim da semana passada, o mato se avoluma em pilhas, que ainda não foram recolhidas. No pátio, há pneu abandonado. Mãe de uma aluna de dois anos, Gildinéia Costa Souza, de 33 anos, questionou na direção se teria alimentação para as crianças. A cabeleireira Kelly Nebites, de 31 anos, conta que desconhecia a situação. “Meu filho sempre teve toda alimentação, o lanche certinho. Era assim até o ano passado”, afirma.

Nas Moreninhas, na rua Barueri, o imóvel não recebeu a dedetização de praxe. Diante da incerteza de ter merenda para os alunos, os funcionários compraram carne e massa de tomate. Os alimentos, suficientes para apenas 15 dias, foram entregues ao Ceinf pouco depois das 7h. O local tem 180 alunos.

No Ceinf do Monte Castelo, os pais organizaram abaixo-assinado exigindo a permanência da diretora, que está no cargo há 16 anos. Eles fariam um protesto, mas foram avisados de que a diretora deve permanecer.

“Ela é muito boa, excelente. Meu filho fica aqui desde os 8 meses. Hoje, ele tem dois anos. Se ela saísse, ia ficar difícil”, afirma Jéssica de Arruda Brito, de 21 anos. Outra mãe, que pediu para não ser identificada, relata que os funcionários compraram laranja e bolacha para o café da manhã.

Pressão – Para quem ocupa cargo de chefia, a reclamação é de pressão psicológica. A diretora de Ceinf, que não quis se identificar, conta que no último dia 31 de janeiro foi realizada reunião na SAS (Secretaria de Políticas e Ações Sociais e Cidadania).

“São 70 creches, mas chamaram só 30 diretores. Para os outros, não há certeza de que vão permanecer. É uma situação angustiante. Uma pressão psicológica muito grande”, reclama. O Ceinf atende crianças de quatro meses a cinco anos. São 4,9 mil alunos na pré-escola.

Última hora – O Campo Grande News apurou que o contrato para distribuição da merenda foi assinado no fim da tarde de ontem. Os alimentos são suficientes para 15 dias. A empresa distribui para 150 unidades da Prefeitura, incluindo Ceinf, Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e abrigos. Antes, o contrato era sempre válido por 30 dias.

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