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Capital

Nove famílias podem perder direito a lotes após incêndio no Mandela

Audiência será marcada porque parte das famílias venderam ou extraviaram os selos que dariam direito aos lotes

Por Alison Silva e Geniffer Valeriano | 27/11/2023 17:59
Barracos improvisados após incêndio na Comunidade Mandela (Foto: Alex Machado)
Barracos improvisados após incêndio na Comunidade Mandela (Foto: Alex Machado)

Nove de 187 famílias podem perder o direito aos novos lotes após o incêndio na Comunidade Mandela, no último dia 16. A medida pode acontecer porque as famílias, segundo a diretora-presidente da Ehma (Agência Municipal de Habitação), Maria Helena Bughi, já foram priorizadas em outros momentos, entretanto, venderam ou extraviaram os selos que dariam direito aos lotes.

Outro ponto destacado foi que pessoas da mesma família estão em várias frentes e pegaram mais de um selo para novas moradias, o que causou certa confusão na divisão das famílias. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (27), na própria comunidade.

“Viemos fazer esse levantamento para estudar as próximas etapas da divisão das áreas, que deve terminar no final desta semana”, disse. Sem local definido, uma audiência será realizada no próximo dia 4 para definir quais medidas serão adotadas com as famílias irregulares, além de compreender os motivos de extravio ou venda dos selos de regulação.

Secretária Maria Helena Bughi durante reunião (Foto: Alex Machado)
Secretária Maria Helena Bughi durante reunião (Foto: Alex Machado)

Como já dito pela prefeitura, a prioridade são as famílias que já possuíam os trâmites e documentos em dia para a regularização, além dos moradores que tiveram seus barracos incendiados.

Líder da comunidade, Greicielle Nayara, de 29 anos, destacou que “há males que vêm para o bem”, e que, apesar das circunstâncias, “o incêndio acelerou o processo de regulação habitacional das famílias” por parte da Prefeitura.

No último dia 21, a prefeita Adriane Lopes (PP) comunicou que os moradores da comunidade seguirão para o bairro da região do José Tavares (38 lotes), Talismã (32), Iguatemi I (33) e Iguatemi II (30).

Neste momento, 100 famílias estão com os documentos em dia, enquanto outras 87 famílias receberão assistência da prefeitura para regularização, inclusive em períodos de plantões de atendimento. Todas as famílias serão realocadas para áreas com esgoto, drenagem e até asfalto, garante a prefeitura. De acordo com a prefeita, o prazo para encaminhamento das famílias será de 10 dias, tempo para instalação de água e energia elétrica nos loteamentos.

Líder da comunidade, Greicielle Nayara, de 29 anos (Foto: Alex Machado)
Líder da comunidade, Greicielle Nayara, de 29 anos (Foto: Alex Machado)

“Vamos dividir em quatro áreas. Os grupos prioritários são sobretudo para atender as famílias com crianças matriculadas em escolas integrais próximas da comunidade, pessoas que ficarão mais perto do Mandela”, disse Adriane Lopes na ocasião. A prefeita destacou que apesar de rápido, o estudo de viabilidade requer muito cuidado, porque tem de levar em consideração escolas, Centros de Referência e Assistência Social e Unidades de Saúde.

Conforme a prefeitura, passados os 10 dias, prazo que vence no fim deste mês,  as famílias que quiserem poderão se abrigar nos locais, utilizando os kits de apoio e barracas já disponibilizadas aos moradores. Aqueles que não quiserem poderão permanecer alojados nos acampamentos disponibilizados pela prefeitura. De todo modo, todos os moradores terão de deixar a comunidade do Mandela, visto que o local é uma APP (Área de Proteção Permanente).

De acordo com a líder da Comunidade, Greiciele Nayara Agilar Ferreira, a medida é muito boa e será benéfica para toda a comunidade. "Queria agradecer a todos pelas doações, todo o esforço realizado, não vou agradecer nominalmente porque nos estenderemos muito, mas tudo que está sendo feito é muito bom para as famílias", disse.

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