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Capital

Número de homicídios cai 14,7% e polícia atribui a trabalho de prevenção

Luana Rodrigues | 09/01/2016 12:36
Corpo de rapaz foi encontrado na linha do trem em novembro, mês mais violento do ano. (Foto: Gerson Walber)
Corpo de rapaz foi encontrado na linha do trem em novembro, mês mais violento do ano. (Foto: Gerson Walber)

O número de homicídios dolosos, aqueles em que se caracteriza a intenção de matar, caiu 14,7% em Campo Grande no ano passado, em comparação com 2014, passando de 149 para 127. Para a polícia, a queda está relacionada a um trabalho de prevenção de crimes, como porte e posse ilegal de armas e tráfico de drogas, além do alto índice de esclarecimentos os casos na Capital.

Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o mês com maior número de mortes dolosas em Campo Grande foi novembro, com 19 casos. Os meses de maio e junho registraram a menor quantidade de homicídios no ano, com sete casos cada. Em 2014, maio e setembro foram os meses mais violentos, com o registro de 17 mortes. Junho foi o mês com menos casos, 5 registrados.

Armas, tráfico e solução - Conforme o delegado geral adjunto, André Matsushita, com a Polícia Militar fazendo um trabalho preventivo, abordando pessoas, por exemplo, ela retira de circulação armas que poderiam ser usadas na prática de um homicídio.

Outra estratégia, segundo o delegado, é coibir o tráfico de entorpecentes. "Não só no estado, mas no país, grande parte dos homicidios está relacionada ao uso ou tráfico de drogas, são mortes de usuários que não pagaram traficantes ou de traficantes que entraram em rixas com outros. Nós temos feito um trabalho intensivo na Polícia Civil de combate ao tráfico, ações e operações rotineiras em todos os bairros, justamente porque verificamos essa relação com os homicídios", explicou.

O fato de Campo Grande ter um dos melhores índices de esclarecimentos de autoria de homicídios do país também colabora para a redução, de acordo com Matsushita. "O índice de elucidação de homicídios traz uma prevenção primária, porque, quando a polícia consegue esclarecer a autoria de um crime, ela desestimula aquele que tinha a intenção de cometê-lo, ele fica sabendo que será responsabilizado", considera.

Dados da Polícia Civil mostram que o número de esclarecimento das mortes criminosas em Campo Grande é de 72%, um dos mais altos do Brasil. Em outras unidades da federação o índice de solução desses crimes, com identificação dos autores, fica em torno de 30%.

Espancado - O caso de Paulo Cézar de Oliveira, 49 anos,  foi um dos que mais chocou a população no ano, entre as mortes por espancamento. Ele foi espancado até a morte pelo lutador de jiu-jitsu Rafael Martinelli Queiroz, 27 anos.

Morreu duas horas depois de se hospedar no hotel Vale Verde, na Avenida Afonso Pena, no Bairro Amambaí. Rafael, de quase dois metros de altura e 140 quilos, lutador profissional, faixa preta de jiu-jitsu e vencedor de um título mundial pelo esporte, espancou Paulo até a morte porque, segundo seus advogados de defesa, teve um surto psicótico.

Estupro - Em fevereiro, uma travesti foi assassinada após ser estuprada, espancada e jogada no Córrego Imbirussú, entre os bairros Zé Pereira e Vila Almeida, na saída para Aquidauana, em Campo Grande. O corpo foi encontrado em decomposição e com sinais de violência dentro da água cerca de dois após o crime.

Ágata Renata, 23 anos, era usuária de drogas e costumava se prostituir na Avenida Júlio de Castilho. Ela morava no Jardim Imá e os pais no Conjunto Zé Pereira. O nome masculino era Robson Elias.

A perícia encontrou a travesti seminua e com as calças baixadas. Foram encontrados sinais de espancamento e perfurações profunda atrás da cabeça. Além dos sinais de espancamento, como um dos olhos saltado para fora, a travesti foi violentada sexualmente por mais de um homem.

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