ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 22º

Capital

"Nunca nem vi", diz sobre vítima acusado de matar a machadinha

Crime ocorreu no dia 30 de março de 2018, numa área de favela no Jardim Noroeste, em Campo Grande

Kerolyn Araújo | 27/11/2020 10:07
Ronielson Ferreira dos Santos, 32 anos, sentado do banco dos réus na manhã desta sexta-feira (27). (Foto: Kerolyn Araújo)
Ronielson Ferreira dos Santos, 32 anos, sentado do banco dos réus na manhã desta sexta-feira (27). (Foto: Kerolyn Araújo)


Com extensa ficha criminal na polícia e condenações por roubos, corrupção de menores e associação criminosa, está sendo julgado nesta sexta-feira (27) na 2ª Vara do Tribunal do Júri, por homicídio qualificado, Ronielson Ferreira dos Santos, 32 anos. O primeiro júri, marcado para o dia 2 de outubro, foi cancelado por falta de defesa e jurados.

Apontado como o "disciplina" do PCC (Primeiro Comando da Capital), Ronielson, conhecido também como "Cipriano", é réu pelo homicídio de Douglas Vitoriano, morto a golpes de faca e machadinha, no dia 30 de março de 2018, numa área de favela no Jardim Noroeste.

Nesta manhã, ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, Ronielson negou que faz parte da facção criminosa e que conhecia a vítima. "Esse Douglas aí, não conheço. Nunca nem vi", disse. Ele também negou que é conhecido como Cipriano.

Segundo Ronielson, no dia do crime ele estava em Rochedo, onde trabalhava em uma carvoaria. Dias depois, ao retornar para Campo Grande para fazer compras, foi preso com duas armas de uso restrito, uma ponto 40 e uma pistola 357.

Sobre as armas, o réu contou que havia comprado dias antes por R$ 3,5 mil, para se defender de ameaças que estava sofrendo do atual marido da ex-mulher. "Tinha um trocadinho e comprei por medo de morrer", afirmou.

No decorrer do inquérito policial e nas audiências de instrução, Ronielson chegou a assumir o crime, dando detalhes de como havia executado a vítima. Hoje, porém, ele ressaltou que assumiu porque sofreu tortura na delegacia.

Júri cancelado - Por causa das ausências sem justificativa, o júri de Ronielson foi cancelado no dia 2 de outubro. O juiz aplicou multa de R$ 10,4 mil à advogada, além de arcar com as custas do processo.

O magistrado também multou em meio salário-mínimo cada um dos jurados faltantes. De acordo com o juiz em seu relato na ata da sessão, todos foram devidamente intimados para irem à sessão e a defesa também teria que apresentar o rol de testemunhas, mas nada o fez.

Nos siga no Google Notícias