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Capital

OAB suspende advogado investigado por estupro de 13 crianças em Campo Grande

Em dezembro do ano passado, advogado foi alvo da Operação Lobos, deflagrada contra pedófilos em 20 estados

Dayene Paz | 22/03/2022 15:02
Movimentação de policiais federais em um dos locais alvo da Operação Lobos II. (Foto: Divulgação / PF)
Movimentação de policiais federais em um dos locais alvo da Operação Lobos II. (Foto: Divulgação / PF)

A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul) suspendeu o advogado de 33 anos, réu por pedofilia e investigado pela Polícia Federal sob acusação de 13 estupros em Campo Grande. O comunicado de suspensão foi publicado no Diário Eletrônico da OAB/MS, nesta segunda-feira (21).

Na decisão, a Secretaria de Ética e Disciplina informa que a medida é uma "Sansão Disciplinar" de suspensão do exercício profissional. Ela foi assinada pelo secretário-geral da OAB/MS, Luiz Renê Gonçalves do Amaral e é válida até o dia 19 de junho deste ano. Até lá, caso a investigação tenha sido concluída, haverá outras medidas.

A defesa do advogado havia pedido que o processo não fosse compartilhado com a Ordem dos Advogados do Brasil, alegando existência de “informações inquisitoriais, sem o crivo do contraditório e do devido processo legal”. No entanto, a Justiça não acatou e permitiu o compartilhamento de dados com o órgão.

Investigação - O advogado foi preso em dezembro do ano passado, durante a Operação Lobos 2, da Polícia Federal, contra pedófilos. Ele foi denunciado e virou réu por disponibilizar, publicar e divulgar conteúdo com sexo explicito envolvendo menores de idade. O crime é previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Além disso, a PF ainda investiga se ele praticou abusos contra 13 crianças, com idades entre oito e 13 anos. Essa investigação foi aberta após a PF ter acesso ao que era compartilhado por “lepolepolepo” - nome que o advogado utilizava na rede "obscura" da internet.

Ele ensinava na deep web (internet profunda, com material que não aparece nas buscas comuns e protegido por criptografia), como manter a confiança de crianças para “evitar frustrações nos abusos”. Além disso, citava vários abusos e chegou a afirmar ter dopado uma criança e a estuprado.

Depois de preso, afirmou que os relatos na rede eram fantasiosos, no entanto, para a polícia, os comentários demonstram que ele tem experiência no abuso de menores. 13 crianças podem ter sido vítimas do advogado. O nome dele não foi divulgado para não identificar as possíveis vítimas.

A Operação Lobos 2 foi realizada pela PF no fim do ano passado, sendo realizadas ações em 20 estados brasileiros contra abusadores sexuais. A investigação da Polícia Federal está em andamento.

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