Obras de asfalto e drenagem na Nova Campo Grande começam em 2020
Bairro sofre há anos com alagamentos e solução vai custar R$ 51 milhões
Após inúmeras reivindicações e reclamações dos moradores, inclusive com campanhas nas redes sociais e outdoor cobrando a administração municipal, o bairro Nova Campo Grande finalmente vai ter obras de pavimentação e drenagem que devem totalizar quase 30 quilômetros. Os trabalhos que ainda preevem a construção de uma ponte ligando o bairro ao Polo Empresdarial Oeste, passando sobre o córrego Imbirussu, estão previstos para começar no segundo semestre de 2020. O projeto de R$ 51 milhões do PAC-FGTS foi apresentado na tarde desta quarta-feira na Caixa Econômica Federal, pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad e o secretário de Infraestrutura e Serviços Público, Rudi Fioresi ao superintendente da Caixa Evandro Narciso.
Durante a entrega o prefeito informou que "estamos entregando todas as formalidades técnicas exigidas juntamente com projeto e CD para análise na Caixa e acreditamos que dentro de 30 dias com a conclusão, poderemos licitar as obras".
Há anos a população da região sofre com problemas de alagamentos no período da chuva. Localizada em área onde o lençol freático é muito superficial, a execução do projeto sairá mais cara do que obras comuns de pavimentação e drenagem.
“Para ser feita essa pavimentação, será feita a drenagem desta água. Ali é um serviço mais caro. Se a gente fizer um preço por metro quadrado da pavimentação ali na Nova Campo Grande, ele sai bem mais caro que em outras regiões da cidade como o Nova Lima, por exemplo”, explicou Fioresi
A execução será feita em duas etapas, além de ponte sobre o Córrego Imbirussu, de 20 metros. Hoje, a travessia do curso d’água é feita por uma passarela construída em 2017. A nova estrutura vai ligar o bairro ao Polo Oeste pela Avenida 7, que será toda recapeada e terá trecho duplicado. Serão 16 quilômetros de drenagem, 20 quilômetros de asfalto e 9 quilômetros de recapeamento.
Numa estimativa preliminar, a projeção é que asfaltar todo o bairro custaria em torno de R$ 200 milhões.
“É um bairro antigo. O asfalto é uma reivindicação muito antiga e frequente de todos que moram ali. O prefeito Marquinhos Trad está tendo agora a felicidade de conseguir iniciar isso”, afirmou o titular da Sisep.
O prefeito acredita que dentro de 30 dias o processo licitatório vai estar disponível. "Estamos entregando todas a as formalidades técnica exigidas, juntamente com projeto, para análise da Caixa Econômica Federal", afirmou.
Trad reafirmou que serão feitas as etapas A e B do projeto e depois vão buscar mais recursos para concluir as etapas C e D. "Será um degrau por vez", afirmou.
Mobilização - Para o presidente da Associação dos Moradores da Nova Campo Grande, Marcelo Rodrigues a obra é uma resposta a grande mobilização feita nas rdes sociais e na página dos moradores do local. "Nossa reivindicação era pelo asfalto na região. Fizemos um movimento nas redes sociais, criamos a página da Nova e convocamos os moradores a se empenharem. Com isso aumentou o número de seguidores e fizemos vaquinha de 80 pessoas para fazer um outdoor", relembra.
O presidente da Associação afirma que o projeto estava engavetado e vem antes da administração atual. "Estamos satisfeitos com esta decisão mas queremos que ela seja ampliada para todo o bairro", destacou ele."Esta obra é fruto da mobilização popular. Se o eleitor não fiscalizar os políticos não conseguiremos nada. É nosso direito porque as coisas não caem do céu", finalizou.
Com cerca de 30 mil habitantes, e cerca de 8 mil residências, o bairro Nova Campo Grande tem 55 anos e foi criado para ser uma área nobre na cidade. No entanto, por conta do frigorífico e a questão de alagamentos nas ruas por conta do lencol freático muito raso, o bairro não seguiu sua vocação inicial. Mesmo assim evoluiu e hoje abriga inúmeros comércios.
"Nosso bairro é um lugar muito bom, ruas largas e arborizadas, e tem muitos empresários investindo", frisou Rodrigues. Mesmo assim ele ressalta que o movimento não vai parar. "Estamos satisfeitos sim. Mas o bairro é muito grande e não vamos parar. Continuaremos cobrando novo projeto para pedir verba para as novas etapas", concluiu,
os moradores acordaram