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Capital

Onda de assaltos próximo a colégio preocupa pais, alunos e funcionários

Luana Rodrigues | 19/10/2015 13:33
Região é bastante movimentada e também abriga universidade e estabelecimentos comerciais. (Foto: Marcos Ermínio)
Região é bastante movimentada e também abriga universidade e estabelecimentos comerciais. (Foto: Marcos Ermínio)
Coordenador do colégio, André Rocha. (Foto: Marcos Ermínio)
Coordenador do colégio, André Rocha. (Foto: Marcos Ermínio)
A estudante Kamila Kosinski. (Foto: Marcos Ermínio)
A estudante Kamila Kosinski. (Foto: Marcos Ermínio)

Quem precisa passar pela bairro São Francisco em Campo Grande, na região do Colégio Nota 10, tem andado preocupado. Alunos, pais, professores, moradores ou pessoas que apenas passam pela região a caminho do trabalho, tem sido vítimas de assaltos, mais frequentes no fim da tarde. Há relatos de pelo menos um roubo por dia. Além do colégio, a local também comporta uma universidade e vários estabelecimento comerciais, o que gera grande movimentação de pessoas.

""Aqui está bastante complicado, temos vários relatos de alunos furtados, inclusive, já enviamos ofício para a Polícia Militar no primeiro semestre e eles haviam melhorado a segurança, no entanto, agora já diminuíram a frequência de rondas", disse o coordenador da escola, André Rocha.

Conforme o coordenador, os assaltos ocorrem quando os estudantes estão indo e voltando da instituição de ensino. "Houve uma mudança no sentido de deslocamento deles. Orientamos que andem em grupo, para dificultar a ação dos bandidos", explicou.

"Não tem segurança, você vem estudar com medo", diz a estudante Kamila Kosinski, 18 anos. Apesar de chegar de carro com a mãe, ela conta que tem muitos colegas que vem para o colégio a pé ou de ônibus e já ouviu relato de colegas que foram vítimas, por isso a sensação de insegurança.

Victor Hugo Gratão, 18, chegou ao colégio de táxi. "Sim, também pela segurança", afirmou. O estudante conta que a escola até baixou um comunicado aos alunos, alertando sobre os assaltos. "A gente anda com mais atenção".

Mãe de um adolescente que estuda no colégio, a psicóloga Luana da Silva Gomes, 43, diz que a solução agora é trazer o filho na porta da escola. "Pior é que todos tem a mesma ideia e a fila dupla se forma em frente a escola, mas é só isso que garante tranquilidade", revela a mãe.

O ambiente inseguro também preocupa a secretária Valéria Ribeiro, 38, que trabalha na região. "Aqui onde trabalho nunca aconteceu, mas sei de vizinhos e da onda com relação aos estudantes, ficamos em alerta", disse.

O estudante Victor Hugo Gratão. (Foto: Marcos Ermínio)
O estudante Victor Hugo Gratão. (Foto: Marcos Ermínio)
A secretária Valéria Ribeiro. (Foto: Marcos Ermínio)
A secretária Valéria Ribeiro. (Foto: Marcos Ermínio)

Modo de ação - Diretor pedagógico do colégio, Higor R. Marcelino Tosta, afirma que pelos relatos dos alunos, o modo de ação dos assaltantes é sempre o mesmo. "Eles chegam em uma moto, anunciam o assalto e fogem levando carteira, celular, tudo muito rápido".

Mas, segundo o diretor, pelas características relatadas, os autores não são os mesmo, o que indica que o local está entre os preferidos de diferentes bandidos. "Está algo estatisticamente absurdo, e enquanto não tiver policiamento ostensivo não vai parar", considera.

PM - O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar que informou que apesar dos relatos, os registros de crimes naquela região são poucos. Conforme a PM, fora apenas três assaltos no mês passado e dois nesse mês.
"A polícia trabalha com base nas estatísticas, por isso reforçamos a necessidade dos registros das ocorrências. São os dados que nos indicam onde o trabalho deve ser intensificado e sem eles não conseguimos prever um policiamento ostensivo na região", explicou a assessoria.

Mesmo diante da falta de registros até agora, a PM informou que vai intensificar o trabalho naquele local.

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