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Capital

Operação alerta para riscos de acidentes "ocultos" em brinquedos

Ricardo Campos Jr. | 08/10/2015 08:07
Brinquedos apreendidos têm peças pequenas que podem ser engolidas pelas crianças (Foto: Gerson Walber)
Brinquedos apreendidos têm peças pequenas que podem ser engolidas pelas crianças (Foto: Gerson Walber)
Brinquedos apreendidos durante fiscalização da AEM (Foto: Gerson Walber)
Brinquedos apreendidos durante fiscalização da AEM (Foto: Gerson Walber)

A olho nu, as caixas de brinquedos apreendidos pela AEM (Agência Estadual de Metrologia) em operação alusiva ao Dia das Crianças parecem conter itens inofensivos. Bonecas, carrinhos, bolas sem o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) escondem riscos que podem levar à morte. A ação, realizada entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, reforça a necessidade de prestar atenção na qualidade do que se compra e não apenas no preço.

Para a chefe do setor de Avaliação da Conformidade, Ivete da Silva, alguns cuidados são importantes na hora de adquirir um produto.

“Os pais devem comprar sempre em estabelecimentos que emitam nota fiscal, com procedência boa e produtos adequados para a faixa etária da criança. Mesmo que ela brigue por querer aquele brinquedo, a responsabilidade é dos pais. O acompanhamento na hora da brincadeira também é muito importante. Às vezes a criança desmonta e acaba engolindo uma peça”, lembra a servidora.

Apesar de fiscalizar o comércio de janeiro a dezembro, operações especiais sempre reservam surpresas aos fiscais. Neste ano, segundo Ivete, foram encontradas chupetas e mamadeiras customizadas com miçangas. Antes de receberem os adereços, os produtos tinham o selo de qualidade, que se torna inválido diante da manipulação.

Segundo Ivete, não se trata apenas do risco de uma das pedrinhas se soltar e o bebê engoli-la, mas até mesmo a cola utilizada pode ser tóxica. “A partir do momento em que um artesão descaracteriza o produto, ele perde o certificado. Às vezes a mãe acha mais bonito, mas é prejudicial também”, pontua.

Dos 113 estabelecimentos vistoriados, 11 foram notificados por vender produtos em desacordo com a legislação vigente. Foram em torno de 4,4 mil brinquedos avaliados, dos quais 60% foi apreendido. O número é maior do que na operação de 2014, quando houve 40% de reprovação. Quanto às chupetas, 44% dos produtos dessa categoria analisados foram recolhidos.

Ivete lembra que qualquer tipo de brinquedo, seja ele nacional ou importado, deve ter o selo do Inmetro junto com a marca da chamada OCP (Organismo de Certificação de Produto), que identifica quando ele foi testado.

Chupetas e mamadeiras com miçangas são um risco para os bebês. Além das peças poderem ser engolidas, cola é tóxica (Foto: Gerson Walber)
Chupetas e mamadeiras com miçangas são um risco para os bebês. Além das peças poderem ser engolidas, cola é tóxica (Foto: Gerson Walber)
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