Operação mira grupo que movimentou R$ 290 milhões com contrabando
Quadrilha usou empresas para emitir notas frias em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo
Equipes da PF (Polícia Federal), da RF (Receita Federal) e do MPF (Ministério Público Federal) deflagraram, na manhã desta sexta-feira (3), a Operação Ligação Familiar, que cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. O alvo é um grupo de empresas criado por irmãos e amigos próximos, suspeito de movimentar mais de R$ 290 milhões com a venda de celulares de alto valor trazidos ilegalmente do exterior.
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A Operação Ligação Familiar, realizada pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal, visa desarticular um grupo familiar suspeito de movimentar R$ 290 milhões com contrabando de celulares. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. As investigações indicam que as empresas criadas pelos irmãos e amigos tinham como objetivo dar aparência de legalidade ao esquema, utilizando notas fiscais falsas para encobrir a venda e o transporte dos produtos. Os envolvidos podem enfrentar acusações de descaminho e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação, as empresas eram abertas apenas para dar aparência de legalidade ao esquema. Entre as práticas mais comuns estava a emissão de notas fiscais frias, usadas para encobrir a venda e o transporte dos produtos contrabandeados por transportadoras e até pelos Correios.
O levantamento aponta que, entre janeiro de 2020 e abril de 2025, os investigados emitiram mais de R$ 18 milhões em notas de venda, enquanto as contas bancárias revelaram movimentações muito acima do declarado. Há indícios de ocultação de patrimônio, enriquecimento ilícito e fraudes tributárias.
Ao todo, participam da ação 14 auditores-fiscais, 29 analistas da Receita Federal e 29 policiais federais. Os investigados podem responder por crimes de descaminho e lavagem de dinheiro.
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