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Capital

Operação revela que investigados tinham "propriedades desconhecidas"

Paulo Yafusso | 11/05/2016 15:30
Material apreendido será agora periciado, mas a PF já encontrou muitas provas que reforçam a investigação (Foto: Divulgação Polícia Federal)
Material apreendido será agora periciado, mas a PF já encontrou muitas provas que reforçam a investigação (Foto: Divulgação Polícia Federal)

Entre os materiais apreendidos durante a Operação Fazendas da Lama, foram encontrados documentos de propriedades que até então eram desconhecidos da Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e da Receita Federal. Durante entrevista coletiva sobre ação na manhã de terça-feira (10), foi informado que foram identificados cerca de 67 mil hectares de fazendas compradas pelos investigados, supostamente com o dinheiro obtido com o desvio de recursos federais na execução de obras com verbas federais.

Além desses registros de imóveis, outros documentos e dados obtidos robustecem as provas até então levantadas ao longo da investigação, conforme a PF (Polícia Federal). Os papéis e o material contido nos discos rígidos computadores serão analisados agora por peritos da PF, CGU e Receita Federal. No caso da controladoria, o trabalho está sendo feito por equipe que veio de Brasília.

Na Fazendas da Lama, que é a segunda fase da Operação Lama Asfáltica, realizada em 9 de julho do ano passado, a investigação está centrada na apuração da lavagem de dinheiro. A ação mobilizou 201 policiais federais, 28 servidores da CGU e 44 da Receita Federal, para o cumprimento de 15 mandados de prisão temporária, 28 mandados de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens.

Nas duas fases da investigação foram apurados o desvio de R$ 44 milhões por meio de superfaturamento, fraudes em licitação e pagamento por serviço não executado ou feito com qualidade abaixo do contratado. Segundo os investigadores, o dinheiro era “lavado” principalmente em compra de imóveis, especialmente fazendas.

Dos 15 presos na Fazendas da Lama, três mulheres conseguiram ontem à noite o cumprimento da prisão temporária em regime domiciliar. Os homens continuam nas celas da Denar (Delegacia Especialização de Repressão a Narcóticos). Um deles, empresário preso em Tanabi (SP) deve ser trazido para Campo Grande ainda nesta quarta-feira (11).

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