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Capital

Operários param limpeza das ruas em protesto por atraso nos salários

Flávia Lima e Ricardo Campos Jr. | 11/03/2015 09:06
Servidores afirmam que só retomam atividades após pagamento. (Foto:Marcos Ermínio)
Servidores afirmam que só retomam atividades após pagamento. (Foto:Marcos Ermínio)

Cerca de mil trabalhadores que atuam nos serviços de conservação e limpeza de vias públicas de Campo Grande, além de operadores de máquinas, estão protestando em frente a sede do Proinc (Programa de Inclusão Profissional) devido ao atraso dos salários deste mês, que deveriam ter sido depositados na sexta-feira. Os manifestantes também reclamam das condições de trabalho que, segundo eles, são precárias.

Os trabalhadores assinaram contrato de seis meses com a Seinthra (Secretaria de Infraestrutura), renovável pelo mesmo período. Eles afirmam que os atrasos nos salários são constantes e se recusam a voltar ao trabalho até que a prefeitura deposite os vencimentos.

Além dos atrasos, eles afirmam que trabalham sem equipamentos de segurança e que alguns alimentos que compõem a cesta básica que recebem costumam ser distribuídos com a data de validade vencida. Um dos manifestantes disse que no mês passado um pacote de charque chegou a ser entregue com o produto totalmente estragado.

O auxiliar de serviços gerais Fabiano dos Santos, 33, revela que está tomando banho na casa dos vizinhos porque não pode pagar a conta de água devido a falta de pagamento do salário.

Já Elton Laurentino da Silva e Paulo Alberto Lemo, 29 afirmam que não recebem equipamentos como luvas, protetores de ouvido, jalecos e tornozeleiras. “Nós trabalhamos nos machucando. Na minha opinião os equipamentos de segurança são o mais importante. Se uma empresa particular não entrega esses equipamentos aos funcionários com certeza é multada”, diz Paulo.

Um operador de máquinas de 26 anos, que preferiu não se identificar, disse que o salários dos funcionários é de R$ 786,00, mas que a categoria nunca sabe quando irá receber. Ele diz que paga pensão e devido aos atrasos, nunca pode fazer compromissos.

O secretário de Infraestrutura, Valtemir Alves de Brito esteve no local logo cedo e pediu que os trabalhadores retornassem às suas funções, porém a categoria se recusou alegando que só retomariam o trabalho após o pagamento. Duas viaturas e 15 homens da Guarda Municipal acompanham o protesto, que acontece de forma pacífica.

Nenhum representante da prefeitura estava no local para comentar sobre os atrasos nos pagamentos.

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