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Capital

Padre alvo de queixas diz sofrer retaliação de fiéis que perderam poder

Nyelder Rodrigues | 27/07/2016 22:51
Padre está há três anos frente à paróquia de Santo Antônio (Foto: Reprodução/Facebook)
Padre está há três anos frente à paróquia de Santo Antônio (Foto: Reprodução/Facebook)

O padre Odair Costa, pároco da Catedral Santo Antônio, se defendeu das acusações feitas por fiéis, que dizem suspeitar da forma como o dinheiro arrecadado na igreja é gasto. A defesa foi feita em nota enviada nesta noite de quarta-feira (27), redigida da Cracóvia, Polônia, onde Odair acompanha a JMJ (Jornada Mundial da Juventude).

Logo de início, o padre diz que as acusações são sérias e infundadas, sendo feitas por pessoas com "interesses escusos a meu respeito, de maneira desrespeitosa e sem nenhum princípio ético-cristão e moral". Depois, ele falou sobre como mantém bom relacionamento com a maioria dos fiéis e como busca administrar a paróquia há três anos.

Após uma reunião, com 80 pessoas, foram discutidas mudanças na escolha de líderes, coordenação da capela e no controle de entradas e saídas de doações, sendo estas listadas e planilhadas, além de mudança no controle dos acampamentos.

"Lamentavelmente, tais mudanças não foram aceitas e, por vontade própria, os que há nove anos detinham esse poder todo resolveram, por si só, mudar para outra Paróquia. E assim fizeram. A partir destes desdobramentos, a Paróquia Santo Antônio recomeçou todos os esforços para dar continuidade aos Acampamentos", afirma Odair na nota.

O padre completou ainda que sempre procurou ter o maior zelo possível com o acolhimento pastoral e pelos "bens temporais" da igreja, realizando reformas na paróquia. "Acusam-me infundadamente de investir R$ 100.000,00 (cem mil reais) na reforma de um quarto. Que absurdo", reclama o pároco.

"Fizemos, sim, um conjunto de reforma que incluiu o referido quarto, a retirada de uma escada antiga e o fechamento de duas paredes (por fator de segurança), única e exclusivamente. Entre mão-de-obra e material, ficou em torno de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais) o conjunto da reforma", explica Odair.

Já sobre o carro, ele revelou que ele foi comprado após receber uma proposta tida como irrecusável, de troca. O antigo carro foi dado como entrada - o nome do veículo não é citado - por R$ 22 mil, além de uma carta de crédito de R$ 38 mil que a paróquia tinha com a Arquidiocese, totalizando R$ 67 mil. Os R$ 7 mil que faltaram foram pagos em duas vezes.

"Nenhum destes bens (reforma e carro) são meus. Tudo pertence a comunidade. Se, por ventura, amanhã o nosso Arcebispo me transferir da Paróquia para outra missão, irei como cheguei: com duas ou três malas de roupas, livros, um notebook pessoal e celular. Nada mais levarei comigo, a não ser a honra de ter conhecido e trabalhado ao lado de gigantes do Amor". frisa.

Odair também esclarece que ganhou uma bolsa de 100% para frequentar uma academia da Capital, e que estava há seis anos sem tirar férias, se preparando para elas por quase dois anos. "Os irmão que me conhecem sabem do empenho e zelo. Aos que me julgam, apenas minha oração e misericórdia por eles", finaliza.

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